Após o acidente com Boeing 777, da Malaysia Airlines, na região de Donetsk, na Ucrânia, familiares das vítimas começaram a se dirigir para a área para a identificação dos mortos.

Todas as 298 pessoas que estavam na aeronave morreram no acidente. Segundo a Malaysia Airlines, a maioria dos ocupantes era de holandeses (154), seguidos de malaios (45, incluindo os 15 membros da tripulação), australianos (27) e indonésios (12). Também haviam britânicos, alemães, belgas, filipinos e canadenses entre os passageiros. Outros 41 mortos têm nacionalidade desconhecida, de acordo com a companhia.

Em meio a confronto, desastre fica em segundo plano

Apesar da tragédia, o acidente aéreo parece ficar em segundo plano na região. A suspeita de que o avião tenha sido abatido por mísseis disparados por ucranianos pró-Rússia fez com que o mundo voltasse as atenções para o confronto entre os dois países, que se arrasta há meses.

O governo da Ucrânia acusou o que chama de “terroristas” (em referência aos separatistas pró-Rússia que que querem a independência da região) de serem os responsáveis por derrubarem o Boeing 777. Segundo o governo ucraniano, a aeronave teria sido derrubada por um míssil ainda da era soviética e fornecido por Moscou. Já o presidente da Rússia Vladimir Putin disse que a responsabilidade pela tragédia é do país onde ela aconteceu e se eximiu de participação, direta ou indireta, no desastre.

Os líderes dos rebeldes da autodenominada "República Popular de Donetsk" também se manifestaram sobre o acidente. Apesar de negarem envolvimento, um de seus comandantes militares comemorou nas redes sociais que suas forças teriam derrubado um avião cargueiro ucraniano. A postagem, que já teria sido apagada, foi feita no horário da queda do avião, o que aumentou as suspeitas de ataque à aeronave malaia.

(DOL)

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