Após o sucesso do acordo que deu fim à mais de meio século de conflito com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), o governo da Colômbia iniciará conversas de paz formais com o segundo maior grupo rebelde do país, o Exército de Libertação Nacional (ELN), em 7 de fevereiro, depois que o grupo guerrilheiro libertar um político mantido refém, disseram os dois lados nesta quarta-feira (18).

O Exército de Libertação Nacional (ELN) vai libertar o político Odin Sanchez em 2 de fevereiro, cumprindo uma exigência repetida do governo, disseram os negociadores em uma declaração conjunta em Quito, Equador, próximo ao local onde as negociações acontecerão.

O presidente colombiano Juan Manuel Santos disse mais cedo nesta quarta que as negociações começariam em 8 de fevereiro. O comunicado informa que dois membros do ELN serão libertados da prisão na Colômbia para participar das negociações.

O ELN vai liberar Sanchez, refém há mais de oito meses, para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

"Se ele não for libertado, simplesmente não haverá negociação. Essa sempre foi a posição do governo colombiano e minha posição", disse Santos a jornalistas em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial.

ELN

O conflito envolvendo grupos guerrilheiros na Colômbia é remanescente da época da Guerra Fria. O Exército de Libertação Nacional foi criado em 1965, por guerrilheiros com inspirações comunistas e latinas. Muitos padres e outros membros religiosas faziam parte do grupo. Eles lutavam contra a atividade desregulada de petrolíferas estrangeiras na Colômbia, assim como a implementação da reforma agrária. 

(Com informações de Reuters)

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