Um grupo formado por integrantes da comunidade LGBT está lutando contra os extremistas do Estado Islâmico na Síria, de acordo com informações do site Newsweek publicadas nesta segunda-feira (24). O combate é uma reação às mortes e perseguição de diversos gays na região pelos terroristas.

Batizado de TQILA (The Queer Insurrection and Liberation Army), algo como Exército Gay da Insurreição e Libertação, o grupo é o primeiro a se denominar como uma unidade de combatentes LGBTs na guerra contra os extremistas. Eles se aliaram aos curdos, que também combatem o EI na região.

A existência do TQILA é uma consequência dos ataques do Estado Islâmico contra a comunidade, que vão desde jogar homossexuais do alto de prédios até o atentado a uma boate gay em Orlando, nos Estados Unidos, que deixou 50 mortos.

Nas redes sociais, o grupo divulgou sua logo (uma AK-47 em um fundo rosa), um anúncio sobre a formação e imagens dos soldados em batalha, como uma foto dos combatentes armados, segurando uma bandeira do grupo e uma do arco-íris (símbolo da luta LGBT) e erguendo uma faixa em que se lê: "essas 'bichas' matam fascistas".

These Faggots Kill Fascists! We shoot back! The Black & Pink and Rainbow flag fly in Raqqa. #Queers smashing the Caliphate. #TQILA #YPJ #YPG pic.twitter.com/eBCssrbjMI

— IRPGF (@IRPGF) 24 de julho de 2017

Em entrevista ao site Newsweek, o porta-voz do TQILA não quis divulgar o número de soldados por motivos de segurança, mas contou detalhes da investida. "Nós já estamos lutando em Raqqa [cidade da Síria]", acrescentou ele.

Ao longo de três anos, dezenas de pessoas LGBT foram assassinados por extremistas do Estado Islâmico, e muitos outros fugiram. "Os integrantes do TQILA testemunharam inúmeros ataques das forças extremistas à comunidade LGBT, que se referem a nós como 'doentes' e 'anormais'", diz ainda o anúncio oficial. "Queremos enfatizar que a homofobia não faz parte do islã ou de qualquer outra religião."

Além de LGBTs, as forças curdas também têm soldados mulheres em suas unidades de combate. Recentemente, academias de treinamento para elas foram criadas para aumentar o número de mulheres lutando na guerra.

(Com informações da Band)

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