Dois milhões de peregrinos muçulmanos participavam nesta sexta-feira, na Arábia Saudita, sob um forte esquema de segurança, do ritual de apedrejamento do demônio em Mina, que, há dois anos, terminou em tragédia.

O ritual, que consiste em lançar sete pedras contra uma das três pilastras que representam satanás, terminou de forma dramática em várias ocasiões na história do hajj.

Nesta sexta-feira, policiais controlavam o fluxo de peregrinos. A área também é vigiada por câmeras e helicópteros sobrevoam o local, em meio a um calor sufocante.

“Dois peregrinos desmaiaram na minha frente esta manhã”, contou Almas Khattak, um voluntário paquistanês.

Agentes de segurança usavam umidificadores para ajudar os peregrinos. Às 8H00 (2H00 de Brasília), muitos fiéis abriram guarda-chuvas para evitar o sol.

Habiba Kabir, uma nigeriana que vive em Riad há dois anos, se refrescava em uma das fontes instaladas ao longo do percurso.

A lembrança do tumulto de 2015, que provocou a morte de mais de 2.000 peregrinos, é muito forte.

A administração dos deslocamentos da multidão é um dos maiores desafios das autoridades sauditas, que foram muito criticadas há dois anos.

“Adotamos medidas para a organização do deslocamento das multidões em vários locais nos quais o fluxo é grande”, afirmou o porta-voz do ministério do Interior, Mansur Al Turki.

Os fiéis também celebram nesta sexta-feira o Eid Al Adha (“festa do sacrifício”), uma das festas mais importantes do calendário muçulmano.

Muitos muçulmanos têm o hábito de sacrificar um animal para a ocasião, em geral um cordeiro, para recordar a submissão a Deus de Abraaão, que estava disposto a matar seu filho, que foi substituído pore este animal no último momento, segundo a tradição.

(Folha Press)

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