No último sábado (23), o Irã testou com sucesso um míssil balístico com alcance de 2 mil quilômetros, capaz de carregar várias ogivas. O exercício tem potencial para acirrar os atritos com o governo Donald Trump.

O anúncio ocorre em meio à tensão com os Estados Unidos, depois de Trump ter ameaçado ser retirar do acordo nuclear de 2015, firmado com o objetivo de tentar frear o programa nuclear iraniano.

O míssil Khorramshahr é o mesmo apresentado em parada militar na véspera em Teerã. Durante o desfile, o presidente Hassan Rohani afirmou que o Irã vai aumentar sua capacidade militar e reforçar seus programas de armas, incluindo o de mísseis – independentemente do que pensem outros países.

A tensão entre Teerã e Washington ficou evidente na última semana, na Assembleia Geral da ONU, na qual o presidente americano, Donald Trump, fez duras críticas contra os programas militares da República Islâmica e o acordo nuclear assinado em 2015 entre Irã e seis grandes potências mundiais.

O presidente americano chamou de vergonhoso o acordo nuclear e disse que seu governo pode abandoná-lo se suspeitar que ele "proporciona cobertura para uma eventual construção de um programa nuclear". Na quarta-feira, o presidente do Irã usou seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas para rebater as críticas de Trump. "Seria uma grande pena se esse acordo [nuclear] fosse destruído por corruptos recém-chegados ao mundo político. O mundo perderia uma grande oportunidade", afirmou.

(Com informações da Deutsche Welle)

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