Uma comissão oficial criada na Austrália apresentou nesta sexta-feira (15) o relatório final sobre casos de abusos sexuais, após cinco anos de longas investigações. No documento, é dito que as instituições religiosas “falharam” na proteção das crianças a partir do momento em que “dezenas de milhares foram abusadas sexualmente”.

O documento faz inúmeras recomendações, entre elas alterações nas leis canônicas, a exemplo do fim do celibato e da confidencialidade das confissões, que foram prontamente negadas pelas lideranças católicas do país.

Acredita-se que o verdadeiro número de crianças abusadas sexualmente dentro da igreja nunca será revelado. Desde 2012 foram relatados 2.575 casos, mas apenas 230 deram início a processos judiciais.

O relatório com 21 volumes oferece recomendações ao governo e, sobretudo, à Igreja. A comissão pede que a Conferência dos Bispos Católicos da Austrália peça ao Vaticano para reformar a lei canônica, removendo regras que “previnam, prejudiquem ou desencorajem” que bispos ou outras autoridades religiosas denunciem casos de abusos.

(Com informações da Veja)

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