Uma menina das Honduras virou assunto a nível mundial depois de ter sido fotografada esta segunda-feira (26) tentando fugir das forças de segurança norte americanas na fronteira com o México. Usando fralda e descalça, a criança fugia do gás lacrimogéneo lançado pelas autoridades dos EUA para afastar os migrantes, que já são milhares a tentar entrar no país norte-americano em busca de trabalho e oportunidades de vida.

Donald Trump, presidente dos EUA, deu ordens para o uso deste gás para tentar conter o acesso ilegal dos migrantes. O fluxo de pessoas de vários países da América Latina, como Honduras, Nicarágua e México, que se organizam em caravanas rumo às fronteiras com os EUA tem crescido muito nos últimos meses e o governo Trup ainda não sabe como resolver a situação.

Uma das imagens mais fortes acabou por ser o choro compulsivo desta menina das Honduras, que se tornou viral nas redes sociais e levou mesmo a duras críticas para com a Administração de Donald Trump.

"Atirar gás lacrimógeneo a crianças não é o que somos como americanos. Procurar asilo não é um crime. Temos de ser melhores do que isto", escreveu Tom Perez, presidente do Comité Nacional dos Democratas, que viu também Gavis Newsom, governador da Califórnia, a criticar esta atitude.

"Estas crianças estão descalças. Em fraldas. Mulheres e crianças que deixaram as suas vidas para trás - à procura de paz e asilo - foram recebidas com violência e medo. Isto não é a minha América. Somos uma terra de refúgio. De esperança. De liberdade. E nós não aceitaremos isto", referiu.

Outra figura da política americana que deu a cara foi Alexandria Ocasio-Cortez, a mais jovem a entrar para o congresso norte-americano, aos 29 anos, salientando que "pedir asilo não é um crime".

Asking to be considered a refugee & applying for status isn’t a crime.

It wasn’t for Jewish families fleeing Germany.
It wasn’t for targeted families fleeing Rwanda.
It wasn’t for communities fleeing war-torn Syria.
And it isn’t for those fleeing violence in Central America. https://t.co/qhv7Rr1itn

— Alexandria Ocasio-Cortez (@Ocasio2018) 25 de novembro de 2018

(Fonte: Público)

MAIS ACESSADAS