A Justiça da Nicarágua condenou um camponês e um estudante a mais de 200 anos de prisão, acusando-os de terrorismo após ambos liderarem protestos contra o presidente Daniel Ortega.

Medardo Mairena foi condenado a 216 anos em regime fechado. Além dele, a Justiça condenou outro opositor, Pedro Mena, a 210 anos de prisão, também sob a acusação de terrorismo e outros delitos em meio às manifestações contra o governo.

O governo da Nicarágua, eleito sob a égide progressista, vem enfrentando desde o ano passado diversas manifestações, tanto da classe trabalhadora como da estudantil, pedindo a saída imediata de Ortega. O presidente, acusado de ligação com narcotraficantes e corrupção, está isolado politicamente.

Desde o início da onda de manifestações, Ortega vem sendo acusado de reprimir de forma violenta os protestos, que já levaram a mais de 320 mortes e 600 prisões no país, e de perseguição política. O presidente prometeu silenciar os opositores de qualquer maneira, se recusando a deixar o cargo.

Apesar da sentença de 216 anos de prisão contra Mairena, a Constituição do país estabelece que nenhum nicaraguense pode passar mais de 30 anos na prisão.

(Fonte: France Press)

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