No próximo dia 21 de setembro será celebrado o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. Estima-se que mais de 1,2 milhão de brasileiros sofram deste mal, porém mais do que preocupante que o número de pacientes é quantidade de pessoas que desconhecem a doença ou tem poucas informações sobre.
O Ministério da Saúde estima que duas em cada três brasileiros ainda não tem (ou tem bem pouca) compreensão do Alzheimer, que é o tipo de demência mais comum.
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Um fato que muita gente ainda desconhece é que cães podem desenvolver quadros de demência senil, doença conhecida por "Alzheimer" canino (apenas uma alusão ao nome, pois este termo é exclusivamente utilizado para humanos).
A demência senil para cachorros é caracterizada pela morte acelerada de neurônios, que podem afetar a memória e a compreensão. Segundo a geneticista, consultora em bem-estar e comportamento canino, Camilli Chamone, a terceira idade chega em momentos diferentes para os cachorros, a depender de seu porte e estrutura.
"Um buldogue francês vive em média 10 anos. Portanto, ele entra na terceira idade com 7 anos. Já um poodle vive cerca de 15 anos, e sua terceira idade chega aos 10 anos e meio", exemplifica.
Os tutores devem atentar para o aparecimento dos sintomas da doença desde o início. "O mais clássico deles é começar a errar o lugar onde faz xixi e cocô, ainda que a vida inteira tenha feito no local certo", pontua a geneticista.
Outros sinais envolvem parar de atender o dono quando é chamado pelo nome; esquecer exercícios simples, como "senta" e "deita", se antes já sabia; desregular o horário do sono, ao dormir muito durante o dia e passar a noite acordado; e vocalizar em excesso, com choros ou latidos.
"Também é comum o cão parecer perdido ou desorientado dentro de casa, como se não reconhecesse os lugares. Mudança de comportamento também pode ser um alerta, inclusive se tornar agressivo", complementa.
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Ao reparar um ou mais desses sintomas, é essencial buscar o veterinário para o diagnóstico e, se necessário, prescrição de medicamentos para desacelerar esse processo, junto a um estilo de vida saudável.
Sedentarismo e demência
Em pesquisa recente, foi comprovado que cães sedentários têm risco muito aumentado de ter menor desempenho cognitivo e, ao longo da vida, desenvolver demência senil. Segundo Chamone, o sedentarismo está associado ao desenvolvimento de várias condições crônicas, como síndrome metabólica e diabetes. "Todas elas afetam o metabolismo dos nutrientes do cérebro. Um cérebro sem nutrientes começa a ter suas células mortas", sintetiza a geneticista.
Além disso, a falta de atividades físicas gera um corpo doente, com maior probabilidade de sofrer inflamação sistêmica – "e essa inflamação também é prejudicial aos neurônios", complementa.
E, ao contrário de outras células do corpo, o neurônio, quando morre, não volta. "Quando machucamos a pele do braço, por exemplo, com o tempo ela cicatriza e volta a ser como antes. Com o neurônio, isso não é possível. A célula, ao morrer, não ressuscita", destaca.
Colocar o cachorro para fazer atividade física é essencial para a manutenção da saúde dele e retardar o avanço da doença.
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