O Facada Fest, evento de música, dedicado aos gêneros punk e hard core, que seria realizado na noite deste sábado (06), em um estabelecimento no bairro da Cidade Velha, em Belém foi impedido de ser realizado pela Polícia.

Após a polícia ter proibido que o evento acontecesse no Mercado de São Brás – notificou a organização somente na véspera do evento –, hoje impediu definitivamente a realização da festa.

Os participantes classificam a atitude como “censura” e várias pessoas que iriam frequentar esta que é a terceira edição do Facada Fest bloquearam a avenida 16 de novembro com a rua João Diogo em protesto.

Gritando palavras contra a repressão e a censura, os manifestantes pedem que as autoridades deem uma explicação plausível sobre os verdadeiros motivos do encerramento do evento.

A Polícia Civil informou que o estabelecimento onde aconteceria o evento está com as atividades suspensas por falta de licença da Semma (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), falta de credenciamento dos Bombeiros e falta de alvará da Divisão de Polícia Administrativa, tendo inclusive sido penalizado anteriormente em dois salários mínimos.

A polícia informou ainda que os organizadores não comunicaram as autoridades sobre a realização do evento, e que pelos motivos apresentados, e não por censura, optou por não permitir o Facada Fest. 

Polêmica

Divulgado no mês passado, o cartaz do evento, produzido pelo ilustrador paraense Paulo Victor Magno, causou polêmica e despertou as animosidades da polarização política brasileira. Nele, aparece um palhaço com uma faixa presidencial, morto por um lápis enfiado em suas extremidades, em uma clara crítica aos cortes na Educação feitos pelo atual governo.

Logo após sua publicação, a arte passou a ser compartilhada rapidamente pela internet, dando margem para diversas interpretações e opiniões. Políticos como o deputado paraense Eder Mauro e o filho do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, fizeram duras críticas ao festival musical. Eder Mauro chegou a dizer que iria colocar o evento no calendário da polícia, o que foi interpretado por muitos como ameaças veladas. 

 A reportagem entrou em contato com as Polícias Civil e Militar e aguarda retorno.

Foto: reprodução

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