
A tragédia que vitimou dez estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) em 2012, completa sete anos nesta terça-feira (16). Mas para quem viveu de perto esse drama, o sentimento de perda ainda é constante, reforçado ainda pela falta de conclusão do caso na Justiça.
José Maria de Oliveira, pai de Thamirys Oliveira, uma das vítimas do acidente que estaria completando 27 anos no último domingo, dia 14, conversou com o DOL e disse que o sentimento de perda é eterno. Que além de continuar "sem chão", a indignação ainda existe, já que o motorista Manoel Maria Lopes de Pina, condenado pelo caso, até hoje não foi encontrado.
José revelou também que, durante um ano, recebeu assistência no Centro de Apoio Psicossocial no bairro da Marambaia, onde passou por acompanhamento com psicólogos e psiquiatras.
José Maria ainda trabalha como técnico de laboratório no Instituto de Ciências Biológicas na UFPA, mas diz que vai ao local sem forças. "Quase não consigo ir para a universidade, tudo lembra minha filha. Ela vivia lá", disse ele.
Apesar do processo já ter sido encerrado, a família de Thamirys ainda espera pela prisão de Manoel. "Isso pode aliviar um pouco as dores. Vendo ele pagando a pena que a justiça decretou", finalizou José Maria.
O sumiço do motorista ainda mexe com as famílias que esperam por uma resolução do caso.
O CASO
A colisão ocorreu na rodovia estadual PR-090, entre Ventania e Piraí do Sul, no Paraná. No ônibus estavam 52 pessoas que seguiam rumo a cidade de Curitiba, onde participariam de um congresso de informática.
No caminho, o motorista perdeu o controle do ônibus e atingiu um caminhão que vinha no sentido contrário, em seguida caiu em um barranco.
Na época, os laudos da periciais apontaram que o motorista Manoel Maria Lopes de Pina, trafegava acima da velocidade permitida na via. Ele foi responsabilizado pelo acidente.
A Justiça do Paraná decretou a condenação de Manoel à pena de quatro anos, 11 meses e 15 dias em regime semiaberto pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
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