Aderindo à Greve Global pelo Clima, movimentos sociais, representantes de indígenas e de instituições públicas realizaram um ato no final da tarde de ontem (20), na Escadinha da Estação das Docas, em Belém. A manifestação ocorreu simultaneamente em outras cidades do País e no exterior. Atrações culturais e exposição de animais da coleção do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) fizeram parte da programação.

Manifestantes carregavam bandeiras e gritavam palavras de ordem contra o Governo Federal. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em zoologia do Museu Goeldi, Gabriel Oliveira explica que o intuito da atividade realizada por acadêmicos do Goeldi e Universidade Federal do Pará (UFPA) é mostrar o trabalho científico realizado nas instituições públicas e conscientizar a sociedade sobre a importância da conservação da fauna e da biodiversidade. “Nosso objetivo aqui é mostrar as pesquisas realizadas no Goeldi e aproximar a população dos animais, como no meu caso que trabalho com os anfíbios”, pontua. “Estamos pela greve do clima, como alunos, para colaborar, com esse movimento, trazendo sempre a divulgação científica junto”, acrescenta.

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Membro da organização do evento, Eziel Almeida, coordenador da Juventude Vamos à Luta, ressaltou que o movimento surgiu com estudantes na Europa e tomou uma proporção mundial, sendo realizado em mais de 200 cidades pelo mundo. “Aqui na Amazônia temos as questões das queimadas e desmatamento, assim como toda política federal que atinge os povos tradicionais, como quilombolas e indígenas na nossa região”, pondera.

Representante do Movimento Xingu Vivo Para Sempre, Maurício Matos disse que, no Pará, o ato foi promovido em Belém e Santarém. “É pela defesa da Amazônia, da sua floresta e da biodiversidade. Incêndios também contribuem para o aquecimento global, que é o eixo das mobilizações em nível Internacional”, assinala. “Principalmente contra a queima de combustíveis fósseis, contra a indústria do petróleo, que é a principal causa das mudanças climáticas”, complementa.

Manifestação em Belém reuniu diversos movimentos sociais. Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará

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