A abertura do mercado chinês de carne vermelha para o Brasil, somado com a alta do dólar, fez com que o preço do produto aumentasse para consumidores de todo o país. No Pará não foi diferente, o quilo da picanha, por exemplo, está sendo comercializado por mais de R$ 54, e os supermercados estão usando diversas formas de marketing para atrair o consumidor.

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Enquanto os supermercados Nazaré, Formosa e Portugal anunciaram, nesta quinta-feira (28), que estão mantendo o preço e o abastecimento em suas lojas, o Líder orientou o cliente a consumir outro tipo de alimento, que não seja a carne bovina. O estabelecimento informou, ainda, que “os preços dispararam e o produto está em falta”. A informação foi colocada em um banner na porta do supermercado.

“Estamos passando por um momento complicado com relação ao abastecimento de carne bovina. Os preços dispararam e o produto está em falta. Os frigoríficos alegam que a exportação do boi em pé e da carne ‘in natura’ para outros países faz o preço subir diariamente. O Líder já utilizou todo o gado em condições de abate de suas fazendas. Os preços estão altos, mas o problema não é só conosco, nem há esperança de voltar à normalidade a curto prazo, só restando a todos substituir a carne bovina por outro tipo de alimento”.

Os clientes comentaram nas postagens dos supermercados e falaram sobre o aumento do produto. “Tem que manter o produto na prateleira para o consumidor decidir a compra! Perfeito!”, “Como assim, orientando o cliente comer outro produto? Cada um come o que quiser e puder pagar”, comentaram os internautas nas redes sociais.

O aumento das exportações para China, Rússia e Emirados Árabes foi o principal motivo da alta da carne vermelha para o consumidor. Segundo especialistas, além da procura por conta das festas de fim de ano, a tendência agora é que o preço praticado anteriormente não volte ao normal tão cedo.

Enquanto o Líder alega falta de carne e preços elevados, outros supermercados afirmam que o abastecimento está normal Foto: EBC/Agência Brasil

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