De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em 2019 foram registrados 5.652 casos de sarampo apenas na região das Américas. No Brasil, 18 estados estão em alerta com o aumento dos casos da doença e, no Pará, 37 casos já foram confirmados. Sendo assim, o setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde do Hospital Universitário João de Barros Barreto, vinculado ao Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) divulgou informações para a comunidade profissional dos hospitais e também para a sociedade em geral. 

O Sarampo é uma doença causada pelo vírus Measles morbillivirus, altamente transmissível. Os principais sintomas são febre e exantema maculopapular (lesões ou manchas avermelhadas distribuídos em toda a pele do indivíduo), acompanhado de pelo menos um ou mais sintomas:  tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite.

“Existem muitas doenças que se apresentam dessa mesma forma, então é importante que o profissional que irá atender uma pessoa saiba do aumento dos casos do sarampo e já possa fazer exames que confirmem a doença”, explica Luciene Sambrana, médica infectologista do HUJBB. “Assim, será mais fácil garantir uma melhora e prevenir complicações.” 

Segundo a enfermeira Ariana Santana, da Unidade de Vigilância em Saúde do Barros Barreto, o principal motivo do aumento desses casos é a não adesão ao calendário vacinal. “Hoje, estamos em uma onda de desinformação e correntes ideológicas que fazem as pessoas terem medo de serem vacinadas ou de vacinar seus filhos. Isso é extremamente perigoso”, comenta. Ela ainda acrescenta que, além do contágio desenfreado para as pessoas que entrarem em contato com o paciente sem cuidados, o sarampo pode causar complicações se não for devidamente tratado, podendo levar à morte. 

O Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde (SGQVS) do Barros Barreto orienta que, caso haja suspeita de caso no ambiente hospitalar, os profissionais devem notificar o Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar para que as medidas de controle e tratamento da doença sejam executadas. Ainda assim, a vacinação é a melhor forma de prevenir a doença e a transmissão. Os postos de saúde oferecem as vacinas gratuitamente, em duas doses, e tanto crianças quanto adultos devem ser imunizados. 

Foto: Divulgação

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