O grupo RBA recebeu, na manhã de ontem (16), a visita de parte da comissão da II Marcha de Belém contra o Trabalho Infantil, que será realizada no próximo dia 1º de março, às 8h, com saída da Praça Pedro Teixeira (Escadinha da Estação das Docas) e dispersão no Largo do Redondo, na Avenida Nazaré, centro da cidade.
A gestora da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do TRT8, juíza Vanilza Malcher, e o juiz de Direito, Cláudio Rendeiro, foram recebidos pelo diretor geral do Grupo RBA, Camilo Centeno, que conheceu as peças de divulgação em reunião que reforçou o relacionamento dos organizadores com a empresa.
A estimativa dos organizadores é reunir cem mil pessoas em uma mobilização de combate ao trabalho precoce.
“Esta marcha é a marcha do Brasil porque estaremos marchando por um Brasil sem trabalho infantil. Estamos aqui para fazer o convite ao grupo RBA para estar conosco porque acreditamos que juntos somos sempre mais fortes”, afirmou a juíza.
Camilo Centeno, lembrou ainda que a temática sempre teve destaque nos diferentes veículos do grupo. “Estamos no século XXI e infelizmente ainda vemos cenas que nos preocupam e precisávamos estar juntos para continuar esse trabalho de combate permanente”, disse.
CARNAVAL
Ainda durante a reunião no prédio do Grupo RBA, o juiz de Direito Cláudio Rendeiro apresentou também o abadá do bloco “Atrás dos Sem Aquele”, que desde 2014 realiza cortejos de carnaval pelas ruas de Belém, em busca da conscientização dos brincantes para temas sociais importantes.
“Esse é um bloco de cidadania com forte apelo social. Esse ano vamos falar de meio ambiente, reciclagem e lixo, saindo no próximo dia 2 de fevereiro. Fazemos o apelo para que todos participem e vistam a camisa do bloco, participando desta grande festa de cidadania e cultural também”, explicou.
Marcha de 2015
Em 2015, a Justiça do Trabalho da 8ª Região realizou a primeira Marcha e levou para as ruas aproximadamente 30 mil pessoas. O objetivo de ontem e de agora é o mesmo, conta a desembargadora Zuíla Dutra, gestora nacional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem.
"Queremos mais uma vez chamar a atenção da sociedade para os males do trabalho precoce e reafirmar que cada um possa assumir a sua responsabilidade na proteção da criança e do adolescente como prescreve o Art 227 da Constituição Federal e as normas internacionais".
Conscientização
Para a desembargadora presidente do TRT8, Pastora Leal, a II Marcha de Belém contra o trabalho Infantil tem esse caráter de conscientizar a população para essa forma de violência que é a exploração do trabalho de crianças e adolescentes.
"É importante despertar essa conscientização na sociedade. Cada um tem seu papel. Se transforma a realidade de uma cidade, de um estado, de um país, quando cada cidadão entende que ele também é responsável. É preciso pensar em políticas públicas de inserção, de utilidade para os nossos jovens , para as nossas crianças", disse Pastora Leal.