O Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon/PA) apresentou ontem o sétimo levantamento do Censo Mobiliário de Belém e Ananindeua. Durante a amostra, foi feita uma análise do mercado imobiliário destes dois municípios, com 81 empreendimentos lançados na capital, incluindo o mercado residencial vertical e horizontal, além do comercial horizontal. Já em Ananindeua foram identificados nove empreendimentos no mercado residencial vertical e um comercial vertical.

Durante a apresentação, foi destacado o crescimento no número de unidades residenciais vendidas ao longo do ano passado. Foram 950 unidades contra 693 em 2018. Considerando desde os modelos mais econômicos (com um dormitório), até os maiores (quatro ou mais dormitórios), o presidente do Sinduscon/PA, Alex Dias Carvalho, destacou que os índices, apesar de considerados baixos, apontam uma tendência de crescimento no setor imobiliário da Grande Belém. “Quando a gente faz uma leitura do ambiente que temos hoje, com taxas de créditos caindo cada vez mais e a economia melhorando, temos um mercado promissor com capacidade de se reinventar após passar poruma crise profunda”, disse.

Apenas no último trimestre de 2019, foram vendidas 258 unidades residenciais, a grande maioria de dois dormitórios, com 165 vendas. Foram vendidos também 211, 209 e 272 unidades residenciais nos três primeiros trimestres do ano passado, respectivamente.

Apesar da baixa no número de vendas, Alex Carvalho informou que com a retomada da economia e taxas de juros menores, o poder de compra e o sonho da casa própria também voltaram, fazendo com que as vendas aumentassem no final do ano passado. “Houve uma ‘depressão’ forte no começo de 2019 e na segunda metade do ano passado tivemos uma efetivação da retomada e vimos certos produtos com maior fluidez. O cliente voltou a procurar pela casa própria e isso faz com que nossa locomotiva comece a caminhar com cadavez mais força”, projetou.

A perspectiva para 2020 é de vendas ainda maiores, movimentando a economia da região e garantindo um maior emprego de mão de obra capaz de atender a demanda por novos empreendimentos. “Acho que o pior já passou e a gente entende que já existem, não apenas no setor imobiliário, obras que começam a ser retomadas e entregues. O estado do Pará tem uma condição privilegiada de logística e investimento privado devido à mineração e não tem como esperar um cenário que não seja positivo”.

O presidente o Sinduscon/PA apontou ainda que o aquecimento da construção será benéfico para diversos setores da sociedade. “Essa é uma espiral positiva que a gente entende que já está acontecendo e é importante que estejamos preparados para aproveitar de forma segura, com segurança jurídica, cumprindo as leis e levando benefício a sociedade”, finalizou.

O Censo Mobiliário de Belém e Ananindeua foi apresentado pelo Sinduscon/PA durante reunião Foto: Mauro Ângelo

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