Na última sexta-feira (28), a Arquidiocese de Belém emitiu nota sugerindo a adoção de ações preventivas nas igrejas, com intuito de conter a disseminação do vírus. Nas missas dominicais da Basílica Santuário de Nazaré, em Nazaré, e Catedral da Sé, na Cidade Velha, realizadas na manhã de ontem (1º), alguns ritos normais da celebração seguiam mantidos.

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No momento da comunhão, a hóstia estava sendo distribuída nas mãos e, também, diretamente à boca dos fiéis, como de costume, na Basílica Santuário. Assim como em momentos de oração, alguns fiéis davam as mãos para juntos rezarem. Contudo, a comunidade católica concorda com as medidas recomendadas para as igrejas.

Entre os frequentadores da missa estava a assistente social, Iraci Lobão, que já assistiu pela televisão padres tratando sobre as informações durante as missas. “Na hora de rezar o Pai Nosso, não damos as mãos, nós levantamos. São medidas boas, porque a igreja agrega muita gente. É uma forma de cuidado e das pessoas serem informadas sobre o que está acontecendo no mundo”, pontuou.

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Acompanhado do filho Augusto, 8, que é membro da guarda mirim da Basílica, o balconista Augusto Cantão, 51, ainda não sabia sobre a recomendação, mas aprovou. “É muito importante para que as pessoas fiquem alerta. Se puder prevenir é melhor. E além de tudo cuidar da saúde e da alimentação. Todas as congregações devem falar sobre isso, católicas e as demais”, ponderou.

Também participando da missa, o funcionário público Edilson Brito, 58, acredita que a decisão da igreja atende às recomendações emitidas pelos órgãos da saúde. “É algo importantíssimo, mesmo porque estamos em um local público, com aglomeração de pessoas. E estamos falando de uma doença que é transmissível”, disse.

COMUNICADO

Por meio do comunicado, a Arquidiocese de Belém sugeriu que durante as missas, em vez do abraço da paz, “buscar fortalecer o sentimento de bem querer em relação ao próximo”.

Já na oração do Pai Nosso, ao invés de unir as mãos, seja cultivado, com mais intensidade, “o compromisso com a fraterna comunhão”. E que pediu que sacerdotes e ministros orientassem os fiéis a receber a comunhão na mão, tendo em vista que o vírus tem sido transmitido,além do contato físico, também pela saliva.

Comunhão continuou sendo dada na boca dos fiéis, em Belém, mesmo com recomendação contra o coronavírus. Foto: Wagner Santana

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