Em meio ao coronavírus, as pessoas estão precisando adaptar e “reinventar” o jeito de ganhar dinheiro. Os profissionais estão precisando estabelecer estratégias para pelo menos conseguirem se manter neste período de isolamento.

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No Pará, a situação ainda não está grave, mas a ordem é se resguardar para que não ocorra a disseminação da doença.

ENTRETENIMENTO

Muitos estabelecimentos estão atendendo com delivery grátis. Lorena Tobelem, empresária do ramo de festas, está se adaptando a nova realidade.

Lorena e Kate com a mão na massa
📷 Lorena e Kate com a mão na massa |Arquivo Pessoal

“Tomei duas medidas agora: tirei o valor do delivery e estou dando desconto de 30% nos bolos decorados. A pessoa pode marcar a data até setembro de 2020, dá uma entrada e me confirma a data”, explicou.

Lorena precisa lidar com o cancelamento de muitos eventos. “Tem os adiamentos também, mas não estou cobrando nada extra.  A intenção sempre é estimular o delivery. Essa estratégia é mais pra conseguir manter o negócio nesse momento e pelo menos pagar o custo”, finalizou.

PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Lorena Pontes, protesista, vai parar seus atendimentos na próxima semana. Sem data para retornar, a profissional sabe que não tem muito o que fazer caso um paciente precise de atendimento emergencial. “Não tenho como fazer online, a não ser que seja um paciente que esteja com dor leve, ai podemos fazer uma sugestão de medicação. Mas se não tiver jeito, se for situação emergencial, precisamos ir ao consultório”, contou a profissional.

Ela ainda destaca a responsabilidade que o profissional de saúde tem e que nesse momento é de suma importância para não causar qualquer tipo de pânico.

“Vou parar com os atendimentos eletivos. Então temos que nos paramentar, já que somos treinados para atender procedimentos de urgências nesses tipos de situações”, explicou Lorena.

A odontóloga destaca ainda que sempre mantém em seu escritório materiais necessários para desinfecção do ambiente e utensílios.

Paloma Mendes em atendimento
📷 Paloma Mendes em atendimento |Arquivo Pessoal
📷 |Arquivo Pessoal

A terapeuta ocupacional, Paloma Mendes, especialista em transtorno do espectro autista e saúde mental, trabalha com plano individual com seus pacientes e vê uma preocupação dos pais com a situação de “isolamento” pedida pelo Ministério da Saúde nesse momento.

“Todas as crianças tem um plano terapêutico individualizado, com metas e objetivos traçado. Meu conselho não me permite atendimento on-line, só o CRP, de psicologia que divulgou uma normativa”, disse.

Com essa situação, Paloma precisa se reinventar. “Vamos suspender as intervenções, de forma particular, estou criando aqui tipo um guia de orientações para os que eu acompanho, sempre de forma individual, porque nem todas as atividades podem ser generalizadas, depende do perfil da criança. Qualquer coisa que coloque em risco a saúde da criança já causa uma insegurança, gera uma situação de fragilidade, esse sentimento dos pais se intensificam nesse período”, analisou.

Porém, a própria terapeuta disse que os responsáveis estão cancelando os atendimentos.

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