Há alguns dias, uma postagem no perfil da enfermeira Bianca Camizão, descrevia sintomas e o desespero que ela estava sentindo. Porém, segundo Bianca, o exame para saber sobre a positividade do novo coronavírus só seria possível se ela apresentasse falta de ar. 

"Gente, o que estou sentindo está consumindo minha alma. Estou apavorada. Não é uma gripezinha", disse ela. 

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A agente de saúde, que trabalhava no Hospital Ophir Loyola, localizado no Bairro de São Brás, em Belém, morreu neste domingo de páscoa (12) vítima de coronavírus. O laudo foi confirmado por amigos da vítima. 

Para os amigos, ela era descrita como caridosa, companheira, dona de uma alegria contagiante, sincera, filha, mãe, amiga.

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Nas redes sociais, amigos lamentaram a perda de "Bia", como era carinhosamente chamada. 

"Infelizmente tem gente achando que o problema que estamos passando é brincadeira.Não é só uma gripezinha. Os números estatísticos só deixam de ser números quando eles começam a virar rostos conhecidos", disse Lessânder Lopes, através das redes. 

Em outra mensagem, uma pessoa descrevia Bia como "cuidadora de animais". E enquanto estava internada, já com o exame positivado para coronavírus, ela descreveu a dificuldade que a família passará para alimentar os animais dos quais ela tanto amava. 

"Mais um protetora que se foi em Belém do Pará . Bianca é vítima da gripezinha que assola o país. Deixou dezenas de animais órfãos", diz a postagem. 

Bianca era casada e deixa dois filhos. Ela estava em vulnerabilidade por ser diabética, porém, ao que tudo indica, teve contato com duas pessoas infectadas enquanto trabalhava. 

O DOL manda seus sentimentos à família e ressalta a todos os paraenses que fiquem em casa e se cuidem, o momento é sério e requer prevenção, responsabilidade e fé. 

Foto: Reprodução/Facebook

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