O sistema municipal de saúde de Belém está vivenciando um momento de colapso. Durante esta semana, profissionais de saúde do Hospital e ProntoSocorro Mário Pinotti (PSM da 14) e as Unidades de Pronto Atendimento do Guamá e da Terra Firme tiveram que paralisar as atividades por falta de material básico para atendimento a pacientes com Covid-19.

Em meio a crise, o prefeito Zenaldo Coutinho tem sido bastante criticado pela inoperância. Além dos recursos próprios, a capital recebeu do Governo do Estado um repasse de mais de R$ 26 milhões, destinados a luta contra a expansão do vírus. No entanto, a realidade para quem precisa do serviço de saúde municipal é de desespero.

Os repasses foram feitos assim que o Ministério da Saúde liberou cerca de R$3 bilhões para os estados brasileiros. Além disso, a prefeitura recebeu aproximadamente R$ 24 milhões da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), da Sespa. A demora nos investimentos para atender uma demanda cada vez maior de pacientes tem revoltado a população.

“Essa semana vimos que não é brincadeira. Hospitais e Upas lotados, isso sem falar de quem está com sintomas mas não procura atendimento porque sabe que não vai ser atendido. Os próprios médicos e enfermeiros denunciaram a situação, então a gente fica revoltada sim”, diz Maria da Graça, idosa de 62 anos, moradora de Icoaraci.

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