Com mais pessoas circulando nas ruas, seja pela necessidade de trabalhar ou mesmo para desenvolver alguma atividade que não é vital (como praticar esportes ou ir até a casa de alguém assistir lives de músicos), o número de casos de pessoas infectadas com o novo coronavírus segue se multiplicando no Pará, em especial na Grande Belém. Com o aumento, cresce também a quantidade de tristes imagens que mostram o colapso da saúde na capital paraense.

Os Prontos Socorros do Guamá e da 14 de Março não conseguem mais atender a alta demanda, UPAs estão lotadas e o prefeito Zenaldo Coutinho, que desde o início da pandemia na capital paraense não teve alguma ação efetiva no combate ao coronavírus, sintetizam o panorama de caos.

Na noite da última quinta-feira (23), viralizou um vídeo que mostra o desespero de pacientes e acompanhantes na UPA de Icoaraci ao tentarem atendimento e não conseguirem. A pessoa que filma a situação também narra o problema. Assista:

A reportagem do DOL entrou em contato com a Sesma para saber o que ocorreu na unidade de saúde e que recomendações existem para os pacientes que precisarem recorrer a elas.

IRRESPONSABILIDADE GERA CAOS

Como se sabe, a multiplicação de casos de coronavírus no Pará, em especial na Grande Belém, é também provocada pela irresponsabilidade de vários moradores que seguem menosprezando o impacto da doença, acreditando que seja apenas "uma gripe" e saindo às ruas.

Nos últimos dias, o DOL já mostrou situações chocantes, como uma fila de ambulâncias com pacientes no Hospital Abelardo Santos, também em Icoaraci, e a morte de um homem no chão da UPA da Sacramenta, com sintomas de Covid-19, após não conseguir atendimento.

Na última quinta-feira (23), o Governo do Estado anunciou a chegada de médicos de Cuba, um dos países que são referência mundial em medicina, que já estão ajudando no atendimento da população.

No entanto, o Governo também informou que o hospital de campanha construído no Hangar, com 420 leitos, já está com boa parte das vagas ocupadas. Assim, a principal recomendação para evitar que o número de casos e mortes siga crescendo é, além de uma boa higiene com as mãos e uso de máscaras, o respeito à determinação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de permanecer em casa, com os familiares que já residem nas mesmas.

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