A Prefeitura de Belém publicou, no fim da última semana, no Diário Oficial do Município, um novo decreto liberando a prática de atividades físicas ao ar livre, classificadas como de baixo risco. Entre elas estão a corrida de rua, bicicleta, golfe, remo olímpico, canoagem, skate, patinação, tênis e tiro olímpico. A nova decisão ressalta também que continua proibido o compartilhamento de equipamentos e materiais durante as atividades, e que os indivíduos respeitem as normas de distanciamento social mínimas exigidas.
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Segundo o médico cardiologista e pós-graduado em Medicina do Exercício, Heitor Pereira, é preciso tomar cuidado ao retomar as atividades incluídas nas modalidades liberadas. De acordo com o médico, o aconselhável antes de voltar é que se faça uma avaliação clínica. Principalmente se a pessoa contraiu a doença em sua forma mais grave. “É necessário que a pessoa faça essa avaliação para comparar seu estado de antes dessa pausa com o agora. Assim, é possível saber o quanto de massa magra foi perdido, o que se modificou, ou se ela precisa de algum tipo de reabilitação”, explica o cardiologista.
Outro ponto importante que o médico ressaltou foi sobre a intensidade dos exercícios. “Todo exercício com retorno precisa ser feito de forma moderada, um pouco mais lento. Se por exemplo, antes você corria 10km em determinado tempo, hoje você também vai poder correr esses 10km, mas é possível que leve um tempo maior”, lembra. O especialista orienta iniciar com tempo menor e aumentando de acordo com a evolução e performance de cada um.
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O uso de máscaras protetoras seja em quais forem as circunstâncias atuais é indispensável, alertou o cardiologista. “Por mais que você se sinta sozinho em um ambiente aberto, o uso das máscaras é necessário. É uma questão primeiramente de respeito consigo mesmo e com o outro”, reitera. Para evitar a contaminação é preciso respeitar o distanciamento social. “Muito se fala sobre a distância de um metro e meio de uma pessoa para a outra. Mas em quais circunstâncias? Essa orientação é eficaz quando o corpo está parado. No caso das práticas de exercício isso muda”, alerta. A orientação dada pelo médico é que o distanciamento seja de 4 a 5 metros, atrás da pessoa enquanto caminha. “Durante a caminhada a pessoa deve ficar atenta e se posicionar um pouco mais para a lateral de quem está à frente. Ao caminhar contra o vento, é possível que as gotículas que formam uma espécie de nuvem deixada pelo indivíduo que está mais na frente possam contaminar quem vem logo atrás”, alerta.
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