O Terminal Rodoviário de Belém foi reaberto neste sábado (4) para embarque de passageiros. A reabertura ocorre após divergência com o Governo Estadual, que havia autorizado as viagens intermunicipais e interestaduais, com a reabertura sendo anunciada pelo prefeito da capital apenas na noite da última sexta-feira (3), em suas redes sociais.

No local, pouco movimento e até mesmo com alguns boxes de empresas ainda fechados. Alguns funcionários comentavam que foram pegos de surpresa com a liberação em cima da hora, mas comemoraram e esperavam o aumento no fluxo de pessoas com o passar dos dias. Apesar disso o movimento ainda era tímido tanto na quantidade de ônibus e vans como de passageiros em busca de passagens.

Ananindeua

No Terminal Rodoviário de Ananindeua a movimentação continuava intensa e muitos ainda não sabiam da liberação do terminal na capital. Por conta disso, Rosana Diniz teve que vir do bairro da Pratinha para comprar sua passagem com destino a Tomé-Açu. “Eu tive que sair cinco horas da manhã de casa para não perder minha viagem e sou obrigada a ficar em pé para evitar aglomeração nos bancos porque não tem lugar para todo mundo”, disse apontando para os bancos que contavam com sinalização para evitar que um passageiro ficasse a o lado do outro, mas que dificilmente era respeitada.

De acordo com os vendedores de passagens do terminal, os destinos mais procurados eram Paragominas, Curuçá, Salinas, Bragança, Vigia e Marudá. Apesar disso, não havia grandes filas nos guichês de vendas, porém o tamanho reduzido do terminal deixava todos próximos uns dos outros.

Outro ponto observado e que causou reclamação entre aqueles que esperavam o momento de seguir viagem era a falta de orientação no cumprimento das medidas de distanciamento social. A estudante Liliana Nascimento, 22 anos, aguardava a chegada do ônibus para seguir viagem a Santa Luzia do Pará. “Eu mesmo não vi nenhum álcool em gel distribuído aqui. A gente que se previne aqui, mas o terminal está muito cheio. A prevenção só parte da gente mesmo”, comentou.

Telma Barros, 66 anos, estava viajando para Curuçá, onde tem residência, ficando na cidade até a próxima quarta-feira. Ela dizia que não tinha hora para sair do terminal pois nem mesmo as passagens haviam começado a serem vendidas e, para evitar aglomeração, decidiu esperar a chegada de uma van, afastada das demais pessoas do local. “Tem muita aglomeração. Eu que não vou ficar correndo risco. Infelizmente tem muita desorganização e nem mesmo a passagem eu consegui comprar ainda”, reclamou.

TRÂNSITO

Veículos pesados e de passeio passavam em grande quantidade na manhã deste sábado na BR 316 e foi possível identificar alguns pontos de lentidão. Mesmo assim, o diretor técnico e operacional do Detran, Bento Gouveia, disse que por ser um mês de julho atípico, com algumas restrições por conta do novo coronavírus, o movimento de veículos iniciou com uma redução de 30% a 40% em comparação com anos anteriores. Nenhuma ocorrência mais grave havia sido registrada. “Tudo tem ocorrido dentro das expectativas e sem problemas para os veranistas. Acredito que as pessoas estão entendo cada vez mais a importância de se cuidar. Estamos fazendo fiscalização com radar com Polícia Rodoviária Estadual e acreditamos que vamos conseguir contornar com um veraneio com maior segurança aos veranistas e pessoas que dirigem rumo as praias”, declarou.

Ainda de acordo com o diretor técnico e operacional do Detran, o órgão reforçou a fiscalização em 35 municípios paraenses, em especial aqueles que possuem balneários, com um quantitativo de 233 agentes.

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