Treinamento prepara equipe para o combate à incêndios em floresta do Pará

O período de junho a setembro coincide com a estiagem das chuvas no sudeste paraense, clima seco e altas temperaturas, aumentando os riscos de incêndios florestais. Para atuar de forma preventiva, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Vale realizaram um treinamento simulado com as equipes para o combate a possíveis focos de incêndio nas unidades de conservação em Carajás, com o objetivo de garantir a proteção da Floresta Amazônica.

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A capacitação foi realizada na área do Parque Nacional dos Campos Ferruginosos (Parna), em Canaã dos Carajás e faz parte de uma série de treinamentos que estão sendo realizados nas unidades de conservação de Carajás, protegidas pelo ICMBio com o apoio da Vale. Equipes de profissionais, como brigadistas, bombeiros, técnicos de meio ambiente, segurança empresarial e pilotos de helicópteros, que atuam no combate a incêndios tanto terrestre quanto aérea nessas unidades foram treinados para promover resposta rápida, articulada e integrada à emergência de um incêndio florestal.

A ação mobilizou também para o uso de equipamentos como bombas costais, que tem a finalidade de resfriar o fogo até sua extinção e kit veicular composto de moto bomba, bolsão de 700 L e mochila com LGE (Líquido Gerador de Espuma), que misturado com água sob pressão gera uma espuma que contribui para abafar o fogo.

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Além do "Bambi Bucket", espécie de bolsão com capacidade de 500 L acoplado em helicópteros para captar agua do rio ou piscinas de 20.000L posicionadas em locais estratégicos para combate em áreas com focos de incêndio florestal de difícil acesso. Outra ação realizada é a construção de aceiros, que são uma faixa livre de vegetação que evitam a propagação do fogo em pontos críticos da floresta e são essenciais para a entrada e atuação de brigadistas no momento do combate.

Floresta e diversidadeNa região de Carajás, o conjunto unidades de conservação protegidas formam a maior área de floresta amazônica contínua do sul e sudeste do Pará. A partir de imagens de satélite é possível acompanhar a evolução do uso e ocupação do solo da região e constatar que apenas essa área protegida permanece conservada atualmente. Além do combate â incêndio, as ações de proteção envolvem o combate ao desmatamento e garimpo ilegal e garantem a conservação da biodiversidade e beleza da floresta Amazônica no Pará com seus animais de mais mil espécies diferentes, além da rica flora.

São seis unidades protegidas pelo ICMBio com o apoio da Vale totalizando uma área de mais de 786 mil hectares equivalente a mais de 800 mil campos de futebol: Floresta Nacional de Carajás, Parna, Flona Itacaiúnas, Floresta Nacional Tapirapé -Aquiri, Área de Proteção Ambiental do Igarapé Gelado e Reserva Biológica de Tapirapé Aquiri.