O álcool gel se tornou fundamental para a higiene e prevenção contra o novo coronavírus. Faz parte da rotina de muitas pessoas e está por todos os cantos, seja em casa, na bolsa, no carro em estabelecimentos e até mesmo no bolso. Mas o que muitas vezes se esquece, é que o álcool gel é um produto químico e inflamável, que se não for usado com os devidos cuidados, pode oferecer riscos à saúde.

Na última semana, a mãe de um menino de 5 anos, relatou nas redes sociais que o filho, ao apertar a válvula de pressão do álcool para higienizar as mãos, recebeu um esguicho diretamente nos olhos, isso porque a válvula estava entupida e já havia falhado antes, concentrando uma grande pressão na segunda vez que foi apertada. A criança sentiu muita dor nos olhos e a mãe correu para o hospital, onde foram feitos exames e constatado que quase 100% da córnea de um dos olhos da criança havia sido queimada.

Bruno Alves, médico oftalmologista do Hapvida, chama a atenção para os cuidados que pais e responsáveis devem ter quando fizer uso do produto nas crianças. “O uso do álcool gel deve ser observado com muito cuidado e atenção, especialmente nas crianças, que têm o costume de levar mais as mãos aos olhos. Os resíduos de álcool que ficam na pele, quando em contato com os olhos, podem provocar abrasões e queimaduras nas córneas.”

O especialista ainda ressalta que em casos de contato do álcool com os olhos, a primeira medida a ser tomada é lavar a região com água em abundância e procurar um médico o mais rápido possível, para diagnosticar se houve lesão e completa “deve-se sim, continuar com o hábito saudável de usar o álcool em gel, lavar sempre as mãos das crianças, mas tomar cuidado para não deixar nenhum tipo de resíduo em excesso nas mãos, e assim não correr o risco que levem aos olhos.”

A lesão ocular provocada pelo álcool gel é grave e pode deixar sequelas. A OMS - Organização Mundial da Saúde- recomenda que em casa, o ideal seja lavar bem as mãos com água e sabão, o álcool deve ser usado em locais onde não é possível lavar as mãos.  

Foto: Freepik

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