Responsável pela morte de Cleide Moraes será julgado por homicídio e pode pegar até 30 anos

O Ministério Público do Estado do Pará, por meio da promotora de Justiça, Viviana dos Santos Couto Delaquis Perez, ofereceu denúncia contra o motorista Victor Hugo dos Reis Morais, de 25 anos, pelos crimes de homicídio qualificado consumado em relação a cantora Cleide Moraes e homicídio qualificado tentado em relação a Miguel Marques da Silva.

As penas previstas, segundo o MPPA, são de 12 a 30 anos de reclusão para cada um dos crimes.

As vítimas retornavam em um veículo, ao distrito de Mosqueiro, quando foram atingidos por Victor, no dia 26 de julho, por volta de 20h25, na PA-391 KM 9, município de Santa Bárbara do Pará.

O denunciado responderá por homicídio doloso qualificado. A promotora também protocolou recurso, pedindo que seja revista a decisão que indeferiu os pedidos de prisão preventiva de Victor Hugo. Ele teve o alvará de soltura concedido no dia 31 de julho, após pagamento de fiança de R$ 10.450,00.

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Na denúncia," a Promotoria enfatiza que Victor, livre e conscientemente, na condução de seu veículo, mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, matou Maria Cleide Sousa de Morais e tentou contra a vida de Miguel Marques da Silva, cujas mortes assumiu o risco de produzir, já que, após passar todo o dia de veraneio em Mosqueiro, conduzia o veículo sob influência de bebida alcoólica, em alta velocidade e realizando ultrapassagens proibidas, quando atingiu frontalmente o veículo das vítimas e, mesmo após a colisão fatal, manteve-se indiferente ao resultado produzido".

“Estamos mais esperançosos agora, com esta decisão, para que ele possa responder pelo crime preso. Esperávamos que a Justiça fosse nos amparar e, enquanto eu estava sepultando a minha mãe, o assassino dela estava solto. Que se faça a verdadeira Justiça, para que ele possa responder pelo crime. Ele teve toda opção de escolher entre o certo e o errado. Ele escolheu entrar na contramão e, escolheu sim, bater no carro, ceifando com a vida da minha mãe. Ele teve a escolha de dirigir embriagado, ou seja, teve a intenção”, desabafou Brenda Moraes, filha da cantora, por telefone ao DOL.

RELEMBRE

A cantora, que marcou época na música paraense e era conhecida como Rainha da Saudade, estava voltando de uma apresentação em Icoaraci junto com o músico Miguel, quando a Kombi em que estavam colidiu com outro veículo que vinha na via oposta. Testemunhas disseram que o motorista do veículo que colidiu com a Kombi estava embriagado, informação ainda não confirmada pelas autoridades.

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Miguel chegou a publicar uma foto com a banda durante a apresentação desse domingo. Na legenda, o músico agradeceu a Deus pelo primeiro show depois de 4 meses com a banda parada devido a pandemia.

Cleide morreu no local e Miguel foi levado em estado grave para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua. Ela iniciou a carreira ainda na década de 70. A cantora ficou conhecida no mundo do samba mas depois migrou para os ritmos regionais conhecidos popularmente como “saudade”.