
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) aponta que 13.718 ciclistas morreram no trânsito em todo o país após se envolverem em algum tipo de acidente na última década. De acordo com os números, comparados entre 2010 e 2019, 60% dos óbitos foram consequência de atropelamentos. No Pará, são 145 óbitos em uma década, com 345 internações no período.
São Paulo é o estado com o maior número de mortes de ciclistas na década: 1.364. Em segundo lugar, está o Paraná, com 845 mortes, seguido de Minas Gerais, com 650 registros nos últimos dez anos. Os dados foram compilados por meio do Sistema de Informações Hospitalares e do Sistema de Informações de Mortalidade, ambos do Ministério da Saúde.
Os dados ainda mostram que o país registrou 12.697 internações de ciclistas após algum acidente envolvendo motocicleta, carros, ônibus ou caminhões. São Paulo também lidera o número de internações: 4.546. Os homens correspondem a 84% das vítimas que precisaram ser internadas.
De acordo com Carlos Alberto Eid, coordenador da Comissão de Atenção Pré-Hospitalar da Abramet, o levantamento mostra redução de óbitos de ciclistas após traumas em acidentes de trânsito: de 1.513 em 2010 para 1.291 em 2019. No entanto, explica Eid, há crescimento das internações: 1.024 em 2010 contra 1.610 em 2019.
“O crescimento nas internações é um reflexo do aumento no número de acidentes. Mais gente está indo para o hospital a cada ano em todo o país, porque tem mais gente de bicicleta nas ruas, em especial nos grandes centros. Mas, ao mesmo tempo, as pessoas estão se protegendo mais, há evolução no sistema de socorro, o que contribui para morrer menos gente. Cresce o número de internações, o que é um reflexo do maior número de acidentes, mas por outro lado cai o número de óbitos”, explica.
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Nos seis primeiros meses deste ano, foram registradas 690 internações de ciclistas pelo SUS. Mesmo com a redução do número de carros nas ruas e com o isolamento social em função da pandemia por coronavírus, o número de internações continuou alto no primeiro semestre deste ano.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda é de 13%. Na avaliação da Abramet, a baixa é pouco expressiva: “É pouco expressiva, se considerarmos que o primeiro semestre foi de quarentena. Isso pode estar associado ao aumento da velocidade e à imprudência, impulsionados por esse momento de menor fiscalização”, diz Eid. (Com informações da Agência O Globo)
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