Mesmo após a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, que impediu o funcionamento de diversos estabelecimentos na capital paraense, entre eles restaurantes e lanchonetes, os empresários precisaram se reinventar e fortalecer as vendas com a entrega em domicílio, para que o faturamento não sofresse forte abalo. Quem conseguiu trilhar nessa estratégia, se manteve no mercado e enxergou que esse serviço veio para ficar.

“A gente nunca tinha trabalhado com entrega em domicílio, era somente atendimento presencial. Agora, a pandemia veio para trazer essa modalidade para ficar”, afirma Francisco da Costa, subgerente de uma rede de lanchonete em Belém. Segundo ele, no período de fechamento, as vendas eram 100% delivery, mas desde que foi autorizada a reabertura, “as entregas aumentaram em 80%”. “Muita gente não quer sair de casa e aproveita que os produtos são de preços baixos. Paralelo a isso, o público presencial cresce a cada dia também, aos poucos vai voltando ao normal”, comenta.

Nessa prestação de serviços, os aplicativos de entrega rápida também faturam em parceria com os estabelecimentos de alimentação. Os pedidos chegam de toda a parte e, em pouco tempo, o consumidor recebe na porta, o mesmo produto se fosse comprar na loja física. É a comodidade proliferando e também proporcionando uma nova renda para milhares de pessoas, como Robson Lopes, de 31 anos. Ele trabalha há 2 anos como entregador e atualmente é a única renda que consegue garantir o sustento da família.

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“Trabalhei bastante quando os estabelecimentos estavam fechados para atendimento presencial, mas o ritmo se manteve um pouco, não como antes. Isso porque muitos não eram cadastrados nos aplicativos de delivery. Muitos clientes também não usavam e passaram a usar. Mas ao longo do dia, de 11 da manhã até 11 da noite, consigo tirar uma média de R$ 150”, detalha Robson que se locomove em uma motocicleta própria.

Já Adelson Paixão, 37, circula de bicicleta pelos bairros do centro da capital realizando as entregas. Ele trabalha em pelo menos três aplicativos do serviço há mais de um ano. “A demanda aumentou nesse período. A maior parte dos pedidos é durante o dia, almoço e lanche. Às vezes consigo fazer umas 15 entregas por dia, mas varia muito. É uma renda que ajuda bastante em casa”, afirma.

Entrega por aplicativos ajuda a sustentar muitas famílias paraenses durante a pandemia. Foto: Antônio Melo/Diário do Pará

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