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ENTREVISTA

Eguchi segue máximas de Bolsonaro e fala de transparência e honestidade 'sem viés ideológico'

O candidato delegado Eguchi defende a bandeira anticorrupção como arma de campanha e diz que não pertence a nenhum grupo político, mas que fará uma administração com transparência e honestidade, “sem viés ideológico”

Imagem ilustrativa da notícia Eguchi segue máximas de Bolsonaro e fala de transparência e honestidade 'sem viés ideológico' camera Celso Rodrigues/Diário do Pará

Natural de Tomé-Açu e delegado da Polícia Federal, Everaldo Eguchi, 57 anos, é candidato a prefeito de Belém pelo Patriota. Formado em Economia e Direito, advogou por muitos anos e ingressou na PF alcançando o mais alto nível na corporação, como delegado federal Classe Especial. Já foi representante do Brasil na Interpol e trabalhou por um período na Lava Jato.

Convidado pelo presidente Jair Bolsonaro para entrar na política, Eguchi defende o tripé “Deus, Família e Pátria” e se considera um “especialista em combate à corrupção e desvio de dinheiro público”. Nas eleições de 2018, a Associação dos Delegados de Polícia Federal resolveu lançar candidatos para a Câmara Federal, e no Pará, Eguchi foi o escolhido. Em sua primeira disputa, obteve quase 53 mil votos para a Câmara Federal. Confira a seguir a entrevista com o candidato Eguchi, sexto candidato a prefeito entrevistado pelo DIÁRIO de acordo com sorteio.

P - Por que o senhor pretende ser prefeito de Belém e qual a sua primeira ação de governo caso seja eleito?

R: Costumo dizer que teremos tantas medidas a tomar que queria que o dia tivesse 25 horas para dar conta. Mas a primeira coisa que farei será a suspensão do pagamento de todos os contratos firmados pela prefeitura, que só serão pagos após a realização de uma ampla auditoria. Essa é uma medida prioritária para que possamos recuperar grande parte dos recursos públicos que estão sendo desviados. Sou delegado da Polícia Federal, trabalho diariamente no combate à corrupção e sabemos onde existem os gargalos. Alguns deles são as licitações e depois das licitações, quando se assinam os contratos. Muitas vezes as licitações são 100% legais, mas muitas são uma fraude: ou não se entrega o produto correto ou se entrega parcialmente... Como não poderemos rever as licitações anteriores a 2021, vamos auditar os contratos.

P - Uma de suas bandeiras de campanha é o combate à corrupção e afirma em seu programa, se eleito, nomeará apenas técnicos para seu secretariado. As nomeações políticas ficarão de fora? Como pretende governar e que tipo de alianças pretende fazer caso seja eleito?

R: Nós, policiais federais, temos muita rejeição política porque costumamos investigar muitas denúncias, que nos levam a autores e, grande parte desses autores ou são políticos ou estão envolvidos com a política. Muitas vezes sinto que “enxugamos gelo” na Polícia Federal. Temos todo um trabalho de investigação de meses, com operações que prende várias pessoas, inclusive políticos, mas a Justiça solta em seguida, o que dá uma sensação de impunidade. A população está indignada e não aceita mais o que políticos e a classe política vêm fazendo. Não tenho envolvimento ou pertenço a qualquer grupo político e estamos subindo nas pesquisas porque a população não aceita mais esse tipo de política que vem sendo feita até hoje. E é isso que queremos acabar, implementando um novo modelo de gestão: sem corrupção, sem politicagem e sem toma lá, dá cá. Nosso partido está só. Não temos coligação. Os votos que teremos para prefeito também teremos para vereadores. Temos a oportunidade de eleger a maioria da Câmara Municipal e, com isso, poderemos indicar o presidente da Câmara o que vai ajudar bastante o nosso projeto. Existem boas indicações políticas e não podemos generalizar. Existem indicados políticos que trabalham muito bem e até mais que os concursados. Todo e qualquer indicado para nossa administração terá que passar pelo nosso check list de ficha limpa, competência, transparência e honestidade, independente de viés ideológico.

P - A segurança pública em praças e logradouros da cidade é precária em Belém. A Guarda Municipal está sucateada e com baixos salários. Como o senhor pretende melhorar essa questão se for eleito? A parceria com o governo do Estado será fundamental?

R: A parceria é sempre necessária com o Governo do Estado, principalmente na área de segurança pública, cuja competência maior é do Estado com as polícias militar e civil. Mas a administração pública municipal tem a sua parcela de contribuição nesse segmento. Pretendemos equipar, capacitar e qualificar todo o efetivo da nossa Guarda Municipal e, logo que possível, promover concurso público para aumentar o efetivo. Queremos criar anda um centro de controle e de comando que fará o monitoramento completo de Belém 24 horas por dia, com a participação de todos os órgãos de segurança pública. Hoje os homens da Guarda Municipal trabalham com uma pistola 380. Isso não é arma de polícia. O ideal é uma .40 ou 9mm e pretendemos substituir esses armamentos. Além disso vamos aumentar as equipes de patrulhamento por toda a cidade. Se tivermos iluminação, limpeza e segurança temos certeza que as famílias voltam para as praças.

P - Em seu programa, o senhor também promete climatizar todos os ônibus da capital, criar elevadores e anéis viários por toda Belém; além de fazer uma Alça Viária Belém-Mosqueiro. Como arranjar recursos para obras tão caras?

R: A climatização de coletivos é de responsabilidade das empresas de ônibus. A questão é de gestão. Vamos orientar as empresas para que, em 90 dias, 10% da frota seja climatizada e a cada 90 dias vamos cobrar mais 10%. As empresas que não se adequarem serão substituídas. Também queremos fazem uma rodovia translitorânea com aproximadamente 19 quilômetros saindo de Belém, passando por Icoaraci, Outeiro e até Mosqueiro. Será uma concessão pública que não envolverá recursos municipais. As empresas que tiverem o melhor projeto e o melhor preço vão vencer para uma concessão de 30 anos para explorar o serviço. Nosso plano de governo também prevê 3 viadutos para a avenida Almirante Barroso e vamos investir nesse projeto que vai melhorar muito o trânsito da cidade.

P - O senhor tem o projeto “Smart City”, espécie de governo eletrônico. Como funcionaria?

R: Queremos transformar Belém numa Smart City, ou cidade inteligente, levando a maioria dos serviços públicos municipais para a nuvem, para dentro de um aplicativo, como as empresas privadas fazem hoje. Elas têm um aplicativo que resolve praticamente tudo através do celular.... Porque não podemos criar um serviço desse para nosso contribuinte? Porque a prefeitura precisa continuar na idade da pedra em informática? Se hoje um mutuário esquece de pagar o IPTU na data, tem que passa o dia na Sefin, sofrendo e sendo mal atendido, para tirar uma segunda via.... Apenas para pagar um imposto. Paralelamente a isso, instalaremos wifi público e gratuito nos principais logradouros de Belém para facilitar o acesso.

P - Na área da saúde o senhor vai criar “ações cívico-sociais com as Forças Armadas” e implementar um processo de Educação “cívico-militar integral” no município. Essa militarização de dois setores estratégicos e importantes passará por algum tipo de debate com a população e de que forma seria feito?

R: Na verdade não precisa de debate... Todas as forças Armadas têm hospitais de campanha que podem ser disponibilizados para qualquer ente federativo político ou não político e que hoje não é utilizado. Os comandantes das forças já conversaram comigo e já disponibilizaram toda a estrutura, inclusive para realizar operações de campanha em bairros periféricos. No caso da educação cívico-militar não pretendemos criar escolas militares, mas implementar uma educação militarizada no município, onde o aluno terá algumas obrigações nas escolas, como cantar o hino nacional, respeitar o professor, aprender hierarquia e disciplina, dentro de preceitos conservadores. Isso já existe aqui! A escola Tenente Rego Barros é uma escola cívico-militar. Meus filhos estudam lá e toda semana tem a ordem unida, onde todos os alunos cantam o hino. Se chegar atrasado, só entra com os pais e é um colégio onde se respeita o professor e é uma das melhores escolas do Norte do Brasil, com fila de espera para se conseguir uma vaga.

P - O senhor afirma que vai criar ainda o “Vale do Silício Amazônico” com a instalação de um grande Parque Industrial em Icoaraci e Outeiro em parceria com o Governo Federal. Pode explicar?

R: Temos o distrito Industrial de Icoaraci e nós vamos mudar a nomenclatura para Polo Industrial de Belém, para onde vamos atrair várias empresas com concessão de benefícios fiscais para que se instalem lá. Temos um curtume que exporta couro para fora do Pará. Porque não agregar valor a essa matéria-prima? Porque não incentivar algumas das centenas de empresas que fabricam calçados e bolsas no centro-sul do país para se instalarem aqui? Temos o frete marítimo mais barato do Brasil. Também queremos trazer empresas têxteis, de reciclagem de lixo e todas que queiram vir para cá gerar emprego e renda, com atenção especial para as empresas de tecnologia. Queremos aproveitar toda essa mão de obra que se forma nas nossas universidades todos os anos na área de Tecnologia da Informação e que ainda não estão no mercado e dar uma oportunidade a eles em startups, que elaboraram ideias e projetos e que geram muitas divisas.

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