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Período de chuvas fortes chegou mais cedo ao Estado

Segundo meteorologistas, a previsão para novembro já está acima de 92% do esperado para todo o mês e temporais já iniciaram com força.

Imagem ilustrativa da notícia Período de chuvas fortes chegou mais cedo ao Estado camera Em Belém, temporais dos últimos dias trouxeram alagamentos e transtornos para a população | Wagner Santana

As fortes tempestades registradas especialmente no período da tarde na capital paraense devem continuar. E ao que tudo indica, o chamado “inverno amazônico” chegou mais cedo, com novembro superando, até o momento, em 92% a média de chuvas prevista para o mês inteiro e com forte tendência de que no mês de dezembro não seja diferente.

O meteorologista José Raimundo Abreu, diretor do Instituto Nacional de Meteorologia no Pará (Inmet-Pará) explica que as chuvas intensas que têm caído durante as tardes não eram esperadas para essa época do ano. “Estamos em um dos meses mais seco estatisticamente falando, juntamente com outubro, mas contrário do que era esperado, nesses dois meses já choveu bastante”, diz.

Para se ter uma ideia, para este mês a previsão de chuvas era de 125 milímetros (mm) e mesmo faltando cerca de nove dias para acabar o mês, já alcançou 240 mm. “Praticamente dobrou a média que estava prevista”, destaca. Mas não são só as chuvas intensas que têm chamado atenção do meteorologista. “Este mês é característico pelas altas temperaturas também, mas estamos tendo manhãs parcialmente nubladas, evoluindo para encobertas, com chuvas intensas na parte da tarde, com rajadas de vento e descargas elétricas e com raros dias inteiros de sol intenso”, cita.

IRREGULARES

Outro fator é a diferença de intensidade da chuva de um bairro para outro da capital. “Elas estão tendo de fato uma distribuição irregular, por vezes chove mais no centro da cidade do que na periferia, por exemplo”, afirma. O fenômeno não está ocorrendo exclusivamente na capital, algumas regiões do estado estão vivenciando igualmente as fortes chuvas do período da tarde. “Além da região metropolitana de Belém, o nordeste paraense, assim como o Baixo Tocantins também estão registrando índices pluviométricos acima da média para o mês de novembro”, garante.

É possível que esse cenário se estabeleça ao longo do mês e se estenda para dezembro. “Já estamos mesmo no inverno amazônico, evoluindo para índices pluviométricos acima da média e, ao que tudo indica, o mês de dezembro será do mesmo jeito porque a previsão de chuvas para este último mês do ano é de 200 milímetros, mas devemos chegar a 300”, projeta.

Segundo o diretor do Inmet-Pará, esse cenário é resultado de condições atípicas da atmosfera, com organizações de nuvens posicionadas mais ao norte, de forma mais meridional. “A convergência de umidade do Oceano Atlântico está formando linhas úmidas, e quando existe umidade com grandes temperaturas ocorrem essas linhas de instabilidade, que são as nuvens cúmulos nimbos”, explica.

Ele ressalta que essas nuvens estão se organizando provavelmente devido às condições do Oceano Pacífico que está apresentando temperaturas negativos ao nível do mar, enquanto Oceano Atlântico, próximo a Linha do Equador está mais aquecido. Esses dois fenômenos juntos estão construindo esse cenário diferente para o mês de novembro.

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