
Os familiares da ciclista Janice Dias, morta após ser atropelada por Mariano de Oliveira Lages, no último dia 26 de agosto deste ano, protestaram em frente ao edifício onde mora o acusado e onde aconteceu o acidente, na avenida Senador Lemos, no bairro do Umarizal, em Belém. O motivo do protesto se deve ao arquivamento do caso por parte do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).
Segundo os familiares, no documento o MPE atesta que o arquivamento se embasa na tese que a vítima é a culpada pelo acidente, o que motivou a revolta. “Queremos pedir ao Ministério Público para que a justiça seja feita, que o caso não fique como uma fatalidade, mas como crime de trânsito”, disse Jaqueline Dias, filha da vítima.
A revolta dos familiares se baseia pela acusação de que o condutor Mariano de Oliveira Lages estaria ao telefone quando saía do edifício, o que teria sido registrado pelas câmeras de segurança. Eles acusam que as imagens teriam sido editadas, antes de serem enviadas para a Polícia Civil (PC).
“Essas imagens mostram como ele é o culpado, além de mostrar que minha mãe deu atenção, tanto que ela chega a descer da bicicleta, mas o condutor ignora, segue e atropela minha mãe. Mas, ao que tudo indica, as imagens foram editadas, o que contribuiu para a justiça inocentar ele”, completou Jaqueline Dias.
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Janice Dias foi atropelada na noite de 26 de agosto, deste ano. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 4 de setembro.
Amigos ciclistas da vítima participaram do ato de ontem para alertar sobre as imprudências de trânsito e falta de políticas destinadas a eles. “Belém não favorece os ciclistas, sem falar que os condutores não recebem educação, nem punição”, concluiu Daniele Queiroz, do coletivo ParaCiclo.
POLÍCIA
Em nota, a Polícia Civil informa que todas as perícias referentes ao caso foram solicitadas, com acompanhamento direto dos advogados por parte da vítima. “Vale ressaltar que a Polícia Civil realizou o papel de Polícia Judiciária, coletando depoimentos e informações inerentes ao episódio, e inclusive, perícias solicitadas pela família também foram realizadas. Por conta disso, o delegado do caso recebeu elogio do advogado da família em ofício encaminhado à Seccional da Sacramenta, de protocolo número: 8752020. O Ministério Público do Estado solicitou o arquivamento do inquérito e agora cabe à Justiça deferir ou não o pedido”, diz o texto.
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