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Litro da gasolina se aproxima dos R$ 5 em postos de Belém

Novo reajuste aplicado pela Petrobras nas refinarias já chegou a alguns postos de combustíveis da capital. Consumidores reclamam dos valores

Imagem ilustrativa da notícia Litro da gasolina se aproxima dos R$ 5 em postos de Belém camera A família do dentista Fabiano Oliveira tem dois carros em casa, mas ultimamente usa apenas um | Fernando Araújo

O primeiro reajuste deste ano sobre o preço médio da gasolina nas refinarias foi aplicado pela Petrobras na última segunda-feira (18). Com a correção de 7,6%, o valor máximo do combustível nos postos de Belém deve ultrapassar a marca dos R$ 5 nos próximos dias, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).

A elevação do preço na refinaria, de acordo com informações do Sindicombustíveis, é reflexo da política de preços da Petrobras, que acompanha o valor do petróleo no mercado internacional. Contudo, o anúncio de elevação diz respeito ao combustível puro, na refinaria, que não é omesmo vendido nos postos.

Em nota, o sindicato afirma que não existe correlação obrigatória entre os preços da refinaria e o dos combustíveis nos postos. A gasolina da refinaria é vendida para as distribuidoras, que adicionam os biocombustíveis e depois vendem aos postos. Estes atuam no último elo da cadeia, comprando combustível das distribuidoras. Portanto, dependem do preço praticado por elas para formar seu custo de venda aos consumidores.

É esperado, conforme o Sindicombustíveis, que a elevação na refinaria chegue aos postos em suas compras, consequentemente elevando o preço ao consumidor. Porém, o valor e o momento dependem de cada distribuidora, bem como da liberdade de precificação de cada posto, que define sua tabela de acordo com suas necessidades. Logo, não há como prever quando e nem de quanto será eventual elevação.

A alteração de preços, no entanto, já foi catalogada na tarde de ontem, em um posto localizado na avenida Duque de Caxias com a travessa Dr. Freitas. O DIÁRIO registrou a troca de valores no letreiro feita por um frentista do posto. A gasolina aditivada que custava R$ 5,299 para R$ 5,399. Na gasolina comum, o valor cobrado é de R$ 4,899.

“O salário permanece o mesmo e quando tem reajuste é pouquíssimo, mas o preço da gasolina só aumenta. É um custo muito alto e que nos impossibilita de adquirir outros bens. Li uma pesquisa sobre o preço do combustível nas refinarias, que saem a R$ 1,90 para os donos de postos, mas quando é cobrado para o consumidor o preço é altíssimo. Sei que é em decorrência de impostos, mas ainda assim é muito elevado”, reclamou o servidor público João Ferreira, 40. Embora tenha esta percepção, a opção pelo etanol, para ele, é algo raro, apesar de ser mais barato. “Não costumo usar o álcool e sempre busco conciliar preço e qualidade da gasolina em postos que não pareçam suspeitos. Já tive problemas com alguns e procuro ficar atento com isso”.

Para quem trabalha com o serviço delivery, a correção também influencia no orçamento. Sidney Ademir, 34, reclama que todo mês sente o peso do custo da gasolina. “Antigamente, com R$ 10 ou R$ 15 eu conseguia encher o tanque a trabalhar tranquilamente, mas agora tenho de ter pelo menos uns R$ 20 ou R$ 25 para suprir a necessidade”.

Em outros postos da capital, os valores da gasolina encontrados variavam entre R$ 4,510 e R$ 4,809. O segurança Welson Pimentel, 36, diz que os preços afetam o orçamento como um todo. “Fica cada vez mais complicado ter de lidar com esses reajustes, pois a cada dia são mais impostos para os consumidores, principalmente para quemé pai de família”, lamentou.

Para quem tem mais de um veículo, a alternativa é abrir mão de um deles e tentar driblar a situação. “Na minha família temos dois carros, mas utilizamos apenas um justamente para economizar, pois pesa no orçamento. Sempre usei gasolina, não costumo optar pelo etanol, e procuro abastecer em postos perto de casa e em locais onde sei que são confiáveis”, disse o dentista Fabiano Oliveira, 47.

O Sindicombustíveis acrescenta que o mercado de distribuição de combustíveis no Brasil é muito concentrado, com três grandes distribuidoras dominando cerca de 70% do mercado em regime de oligopólio. Quando há anúncio de elevação de preços pela Petrobras, imediatamente as distribuidoras elevam os valores. Porém, quando há anúncio de redução, demoram a repassar aos postos.

Litro da gasolina se aproxima dos R$ 5 em postos de Belém
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