Moça do Táxi faz 106 anos e ainda fascina na era Uber

As ruas de Belém guardam inúmeros mistérios que passam de geração em geração. Um deles atravessa os tempos e remete a uma forma de circular pela cidade que já está em via de se aposentar. Causa estranheza que, em tempos de aplicativos de transporte, como o famoso o Uber, Josefina Conte, uma adolescente morta na década de 1930, ainda gere verdadeira fascinação. Hoje é aniversário de 106 anos da garota que dá origem a uma das lendas urbanas mais conhecidas da capital: a moça do táxi.

Josefina Conte empresta seu nome à lenda da "moça do táxi”, que é motivo de especulações, histórias e possui registros na literatura e em obras de audiovisual. Nascida no dia 19 de abril de 1915, Josefina Conte adorava os bailes de Carnaval da época, algo comum para os jovens daquele período.

No dia de seu aniversário, comemorado hoje, a lenda diz que a jovem tinha um ritual peculiar feito anualmente: como presente pela data, Josefina passeava de táxi pela cidade. Após a morte, a versão mais comum é que a mocinha apanhava o carro na rua Dr. Assis, nas proximidades da Catedral da Sé, e pedia para ir até o cemitério de Santa Isabel.

Ao chegar no destino, Josefina informava ao taxista que a corrida era paga pelos seus pais como presente pelo natalício e informava onde seus pais moravam e ele deveria receber pela corrida. Ao chegar no endereço, o motorista, como combinado, ele recebia o valor, mas o impressionante vinha logo depois: os pais contavam que a moça havia falecido. A história tem dezenas de versões diferentes, sendo que a maioria sequer menciona que existiu uma adolescente com o nome de Josefina Conte.

O fato é que ela, a moça real, está enterrada no Cemitério de Santa Isabel, no bairro do Guamá,em Belém e, na foto dela que ostenta na lápide do túmulo, nota-se um icônicon broche em formato de carro preso à blusa. Tida com santa popular, ela recebe plaquinhas de graças alcançadas e muitas homenagens até hoje por quem cultua os mortos dentro dos cemitérios da capital.

Josefina faleceu em 1931, aos 16 anos, possivelmente de pneumonia ou outro problema respiratório.

Curiosamente, o dia de hoje foi registrado um caso que ganhou as redes sociais onde um fantasma apareceu durante a noite na orla de Mosqueiro, distrito de Belém e causou atenção e medo por um vigilante que filmou o caso.

VEJA O CONTO DA “MOÇA DO TÁXI”