Lives educativas sempre são importantes para ensinar à população a agir em determinadas situações. Nesse caso em específico, o assunto que vamos tratar é bem delicado, e nada como algo bem didático para fazer a explicação.
No dia Nacional do Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que é comemorado nesta terça-feira (18), muitas manifestações e interações nas redes sociais estão ocorrendo no Estado do Pará. Em Muaná, cidade localizada na Ilha do Marajó, foi promovida pela prefeitura uma live educativa para lembrar a data e com a presença até de super-heróis.
A live contou com a apresentação de dois personagens, o "Super 100" em alusão ao "Disque 100” que é um serviço voltado para proteção de crianças e adolescentes com foco em violência sexual, um contado direto da sociedade civíl com o poder público. Além do “Super 100”, o outro apresentador foi o “Super ECA”, representando o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Além de apresentar a “Faça Bonito” do Governo Federal, para o combate do abuso de crianças e adolescentes, os apresentadores deram várias dicas de como identificar os casos, denunciar e proteger esse público vulnerável. De acordo com dados do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Muaná, no ano de 2020 teve 29 casos de violência sexual registrados.
Segundo Izanela Matos, pedagoga e servidora Secretaria de Assistência Social do Município, se for levar em conta os casos subnotificados, esses números podem ainda maiores. “Em 2020 tivemos registrado 29 casos de violência sexual, isso só os registrados, sem contar com os subnotificados, que não chegam até nós.”
Sobre o enfrentamento do problema, a servidora destaca as buscas ativas da Secretaria em conjunto com o Conselho Tutelar da cidade: “Fazemos busca ativas, temos alguns relatos, vamos atrás, mas não conseguimos que a denúncia seja efetivada, talvez por medo ou vergonha, as causas são variadas.”
Para o prefeito Éder “Biri” Magalhães (PSC-PA), é muito importante a união das famílias do município para combater esses abusos: “É importante que as famílias muaneses estejam juntas no combate à essa exploração que vem acontecendo dentro no País, e em Muaná não é diferente.”
Segundo dados do Instituto Liberta, por ano, o Brasil registra 500 mil casos de exploração sexual contra crianças e adolescentes, ocupando o segundo lugar no ranking de exploração sexual infanto-juvenil. O primeiro país no ranking é a Tailândia.
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