A Polícia Federal deu início a operação Mundurukânia, na quarta-feira (26), para combater o garimpo ilegal nas terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, localizados no município de Jacareacanga, no sudoeste paraense.

Durante as ações policiais, um confronto entre garimpeiros e agentes de forças de segurança deu início a um conflito que deixou dez garimpeiros e alguns indígenas feridos, eles foram levados para o Hospital Municipal.

Participaram da ação agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Força Nacional. No entanto, eles foram surpreendidos pelos garimpeiros que protestaram contra a operação de proteção das terras indígenas.

Índios tem casa atacadas

Se não bastassem as atividades ilegais, e o confronto ocorrido, indígenas tiveram suas casas em aldeias, como a Fazenda Tapajós do povo Munduruku, atacadas a tiros e incendiadas, tudo ocorreu no dia de ontem.

Imagens feitas pelos moradores da localidade mostram os ataques.

Uma das casas que foram atingidas e que seria uma forma de retaliação após o conflito
📷 Uma das casas que foram atingidas e que seria uma forma de retaliação após o conflito |Reprodução/MPF

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), em uma das residências estava uma das lideranças Munduruku que é contra a atividade de garimpo ilegal na região. Não há informações sobre os incêndios, segundo o MPF.

Nas redes sociais o governador Helder Barbalho se pronunciou sobre os conflitos.

Preocupado com o clima de tensão, provocado por uma operação dos órgãos do Governo Federal em Jacareacanga, pedi para o Comandante Regional da Polícia Militar se dirigir ao local, [1/2]

— Helder Barbalho (@helderbarbalho) May 26, 2021

Sônia Guajajara, uma das principais vozes indígenas comentou sobre os ataques em aldeias no Pará e mostrou no Facebook, que a casa da liderança Maria Leusa Munduruku. 

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