Pessoas nascidas nos anos de 1962 a 1973 receberam nesta quinta-feira (17) a primeira dose da vacina contra a covid-19, em Belém e nos distritos de Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro. São 26 pontos distribuídos pela cidade. Hoje (18), será a vez de quem nasceu entre 1962 e 1974 ser imunizado. A meta da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) é vacinar 110 mil usuários na capital nessa semana.
Apesar das longas filas nos diversos pontos de imunização, o atendimento foi mais rápido que na quarta-feira (16). Protegida do sol com uma sombrinha, a administradora Maria de Jesus Costa, 48 anos, aguardava a vez em pé. “Achei que seria mais tranquilo, com menos pessoas, mas pelo menos não tem confusão, pois ontem (16) conseguia ouvir da minha casa o barulho do alvoroço, já que moro perto”, relatou. Maria foi acometida pela covid-19 por duas vezes e ressaltou a importância da vacina. “Adoeci em abril do ano passado e em março deste ano. Fiquei com manchas pelo corpo e não vejo a hora de me imunizar e ficar protegida contra a doença”.
Vacinação continua para nascidos em 1962 a 1974 em Belém
No interior do clube, uma enorme quantidade de usuários aguardava a vez, sentados em cadeiras. No espaço da vacinação, a Polícia Militar (PM) dava apoio e ajudava na organização. O trabalhador de serviços gerais, Círio Boaventura, 53, falou da ansiedade por este momento. “É um presente e uma vitória porque faço aniversário no dia 14 de julho e a vacina não podia vir num momento melhor. Cheguei cedo para me vacinar e estou muito feliz. Ficarei no aguardo da segunda dose. Tanto eu quanto a minha esposa tivemos covid. Ela ficou internada e eu tive sintomas leves. Mas graças a Deus ela já se vacinou e eu já dei o primeiro passo para receber a dose”.
Na Estação das Docas, no bairro da Campina, também houve um grande movimento. A fila iniciava na avenida Marechal Hermes e seguia até o início do Galpão 3, onde as equipes de saúde estavam organizadas. O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) auxiliavam a entrada dos usuários e servidores da Guarda Municipal de Belém (GMB) e do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) realizavam o cadastramento.
No bairro do Guamá, na Universidade Federal do Pará (UFPA), a demanda de usuários também era grande, com a fila praticamente dando voltas ao redor do Espaço de Ensino Mirante do Rio, local destinado para a vacinação. Tentando aproveitar a sombra das árvores, a autônoma Eliane de Oliveira, 50, chegou às 9h da manhã e pretendia sair do local em até duas horas. “Como tenho uma prova à tarde, precisei vir pela manhã. Espero sair daqui vacinada, mesmo sabendo da demora. A fila está grande, mas está caminhando rápido. Em casa, meu marido e filha já foram vacinados porque são da área da saúde e só estava faltando eu”, contou.
De acordo com o calendário de vacinação da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), para receber o imunizante, as pessoas devem apresentar RG, CPF, cartão SUS (opcional) e comprovante de residência de Belém. As pessoas que irão receber a segunda dose da vacina, devem apresentar também o cartão de vacinação com o registro da primeira dose.
TARDE
Durante a tarde, vários locais registraram filas e movimentação intensa de pessoas. Em um deles, durante a tarde, uma pessoa foi detida pela Polícia Militar, por ter furado a fila, na Escola de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA), no bairro de São Brás. O incidente aconteceu por volta das 16 horas. Um casal de idosos se dirigiu até o local e, segundo informações da assessoria de imprensa da Universidade do Estado do Pará (Uepa), a senhora foi entrando na sala na frente de dezenas de outras pessoas. Ao ser descoberta, começou um pequeno tumulto e a PM foi chamada e a mulher liberada em seguida. A contadora Edilena Maia, 51, elogiou o atendimento e mostrou-se satisfeita com a rapidez na aplicação da vacina. “O atendimento aqui foi muito bom, rápido e confortável, ao contrário do que o Brasil vem passando. Se tivéssemos um governo sério, até os jovens de 18 anos já estariam imunizados”, reclama. A empresária Adriane Vinagre foi objetiva e não conteve a emoção, ao lembrar dos entes queridos que perderam a guerra contra o vírus. “É difícil segurar a emoção. Perdi uma pessoa muito próxima que deveria estar aqui comigo. A tristeza é muito grande, mas precisamos seguir e nos vacinar”, completou.
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