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COVID-19

Pará em queda de internações e Belém fora da zona de alerta 

Boletim mostra que houve estabilidade no número de internações em unidades de terapia intensiva no Estado, com 63% de ocupação. Já Belém tem a segunda menor taxa registrada no país entre as capitais

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Imagem ilustrativa da notícia Pará em queda de internações e Belém fora da zona de alerta  camera Levantamento mostra a situação das internações no período de 21 a 28 de junho deste ano | Wagner Santana

Dados divulgados ontem pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram tendência de melhora nas taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS). O boletim extraordinário produzido pela Fiocruz – Observatório Covid 19 – mostra que do dia 21 ao dia 28 de junho, o Pará registrou estabilidade no número de internações em unidades de terapia intensiva, e se mantém na zona de estabilidade intermediária, com 63% de ocupação. No boletim anterior, o Estado já havia registrado queda de 5% (de 71% para 64%), enquanto a capital, Belém, ficou fora da zona de alerta com registro de 52%, a segunda menor taxa registrada no país entre as capitais. Outras quatro capitais ficaram fora dessa faixa de alerta: Rio Branco (48%), Macapá (58%), João Pessoa (58%) e Cuiabá (51%).

De acordo com o Boletim, as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS, observadas no dia 28 de junho de 2021, mostram quedas expressivas no indicador no Nordeste e nos Estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, no Centro-Oeste. Tocantins, Paraná e Santa Catarina mantêm-se como os Estados mais preocupantes, com a persistência de taxas iguais ou superiores a 90%.

Com avanço da vacinação, mortes e ocupação de UTIs têm queda

Por outro lado, oito unidades da federação estão com mais de 80% dos leitos de UTI ocupados, o que é considerado cenário de alerta crítico. São elas: Distrito Federal (81%), Goiás (85%), Mato Grosso do Sul (88%), Paraná (94%), Roraima (87%), Sergipe (88%), Santa Catarina (92%) e Tocantins (90%).

VACINAÇÃO

De acordo com a Fiocruz, a vacinação começa a dar sinais de resultados positivos de forma mais sensível com a ampliação da cobertura de grupos etários de menos de 60 anos. O Pará recebeu até o dia 25 de junho, um total de 3.985.210 sendo que 3.704.994 já foram distribuídas para os municípios, em um total de 93%. O Estado mantém uma taxa de 27,7% de sua população vacinada com as duas doses necessárias e 72,3% de pessoas que tomaram a primeira dose.

O levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz aponta uma estabilidade no número de novos casos da doença, entre os dias 20 e 26 de junho. Foram notificados em média 72 mil casos novos da Covid-19, por dia, em todo país. Também foi verificada uma redução da mortalidade de 2,5% ao dia.

Estudo alerta: país ainda tem alto platô de transmissão

O estudo também sinaliza que ocorreu em todo país queda nos índices de mortalidade, mas evidencia que o Brasil ainda enfrenta um alto platô de transmissão, em patamar muito superior ao observado em meados de 2020. O número de casos oscilou ligeiramente, com queda de 0,2% ao dia.

A curva de óbitos iniciou uma trajetória descendente, divergindo do padrão observado nos índices de transmissão, em alta desde fevereiro. O país então passou a registrar cerca de 2 mil mortes diárias. No entanto, de acordo com o estudo, esse valor ainda é considerado muito alto, o que não permite afirmar que haja qualquer controle da pandemia no país.

Ao mesmo tempo, os pesquisadores apontam o impacto de casos graves sobre todo o sistema de saúde e sobre toda a sociedade brasileira. Foi verificada uma pequena redução da taxa de letalidade, dada pela proporção de casos que resultaram em óbitos por Covid-19.

Os pesquisadores da Fiocruz advertem que os números elevados de letalidade em alguns Estados revelam falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde, como a insuficiência de testes de diagnóstico, a falta da triagem de infectados e do rastreamento de seus contatos e a necessidade de identificação de grupos vulneráveis.

“A queda relativa dos óbitos e internações é uma oportunidade para reorganizar o sistema de saúde. O reforço de medidas de prevenção, a promoção de campanhas de comunicação, a testagem da população e o rastreamento de contatos, assim como o atendimento das demandas represadas, são ações recomendadas. O sistema de saúde. Além disso, outros casos, retidos em ‘fila de espera’ neste ano e meio de pandemia, precisam ser objeto de atenção dentro desse processo de reorganização do sistema de saúde”, alerta a Fiocruz em seu mais recente boletim.

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