Completados 18 meses do transplante de duas samaumeiras retiradas do KM 03 da BR-316 para uma das pétalas do viaduto do Coqueiro no sentido Belém-Marituba, os dois espécimes arbóreos seguem crescendo e se desenvolvendo, o que evidencia o sucesso de uma operação inédita realizada pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM).
O procedimento foi realizado em cinco dias, de dia e a noite, para gerar menor impacto no fluxo de veículos naquele trecho da rodovia. A iniciativa foi coordenada pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM) em parceria com órgãos como Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio).
As árvores receberam poda total devido a uma passarela localizada a caminho do destino das samaumeiras. A espécime maior tem em torno de 25 anos, dez metros de altura (sem folhagem) e pesa cerca de 15 toneladas. Já a menor tem em torno de 12 anos, atinge altura de sete metros (sem folhagem) e pesa cerca de cinco toneladas.
Crisomar Lobato, diretor de gestão da biodiversidade do Ideflor-Bio, comenta sobre o sucesso do transplante do ponto de vista ambiental e a importância da espécie no bioma amazônico. "Foi um grande sucesso, pois foi utilizada a tecnologia adequada, desde a podagem correta até a remoção dos dois espécimes arbóreos com as raízes e tudo. Desde fevereiro do ano passado, elas foram plantadas, tratadas e estão com desenvolvimento normal, crescendo naturalmente. A samaumeira é de grande importância no bioma amazônico, é frequente, desenvolve em grande quantidade, tem grande porte, copa bonita e harmoniosa, majestosa, e proporciona um bonito efeito visual com a dispersão de sementes em plumas", detalha.
"A decisão foi acertada, pois trata-se de espécie protegida por lei no município de Belém e são significativas para a preservação delas. Portanto, o transplante foi da maior importância para garantir a flora amazônica. Elas vingaram e estão se desenvolvendo. Agora, fica o registro para as futuras gerações desta ação, que por decisão deste governo, resolveu pela manutenção das espécies e a prova da compatibilização do desenvolvimento com a preservação ambiental. Foi uma ação inédita nesse porte que se encontrava, agora fica normal para outras empresas para fazerem novos transplantes com maior segurança", avalia o diretor geral do NGTM, Eduardo Ribeiro.
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