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EMPREENDER

Veja como investir no delivery de forma mais eficaz

A pandemia acelerou o processo de crescimento do comércio eletrônico, principalmente no setor de alimentos. Confira algumas dicas sobre como implantar o serviço de entrega a domicílio no seu estabelecimento

Imagem ilustrativa da notícia Veja como investir no delivery de forma mais eficaz camera Pandemia acelerou o processo de ampliação do serviço de delivery | Celso Rodrigues

S egundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), mesmo com a reabertura e flexibilização das medidas restritivas, o setor de alimentação fora do lar ainda não conseguiu se recuperar do impacto que a pandemia da Covid-19 trouxe. O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará (SHRBS-PA) acrescenta que o público local é que tem contribuído para o funcionamento dos negócios. Ou seja, restaurantes, lanchonetes e botecos têm conseguido se manter graças à demanda de clientes que moram nas próprias cidades onde os empreendimentos funcionam.

Em comum, as duas entidades, Abrasel e SHRBS-PA, afirmam que a luz no fim do túnel para os proprietários de restaurantes, lanchonetes, botecos, bares e similares foi a adesão ao serviço de delivery. Esse modelo de negócios, baseado no comércio eletrônico, garantiu a sobrevivência de diversos empreendimentos e possibilitou a abertura de novos.

Em um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em maio deste ano, a venda de alimentos prontos liderava a lista de produtos mais comercializados por meio eletrônico com serviço delivery. Detalhe, o estudo não considerou os estabelecimentos que têm serviço próprio de entrega, avaliou apenas os que se utilizam de aplicativos e sites para a venda de refeições e lanches.

Em Belém, os sócios Guilherme Marques e Francisco Freitas abriram uma peixaria três meses antes da pandemia chegar ao Pará, em março do ano passado. Os dois já trabalhavam com venda de peixes e mariscos na feira da Marambaia, em Belém, e viram na venda do alimento pronto (peixe frito) uma oportunidade para aumentar o faturamento.

O que não passava pela cabeça deles, naquele momento, era que iriam ter no delivery o caminho para consolidar a peixaria deles na cidade. “A gente estava deixando de ser somente feirantes para sermos empresários, mas veio a pandemia. Tínhamos feito um investimento em espaço e pessoas”, lembrou Francisco. “Começamos o delivery, era o único jeito. No início usamos o meu próprio número de telefone para atender os pedidos. Com isso fomos nos mantendo. Não quebramos porque implantamos o delivery”.

Hoje, a venda dos peixes fritos com entrega representa 70% do faturamento da peixaria. O restante é da venda dos alimentos in natura. A peixaria sequer chegou a atender clientes no local. “Nós mudamos a nossa estrutura e nos adaptamos totalmente para funcionar somente com delivery. Tudo o que a gente ganhou no início foi para investir em logística e atendimento”, disse Guilherme.

Eles conseguiram pagar um serviço de consultoria, adquiriram um aplicativo para controle interno das vendas e do estoque e, com isso, se firmaram no mercado. “Os nossos canais com os clientes são pelas redes sociais (Facebook e Instagram) e WhatsApp. Temos entregadores próprios, não trabalhamos com os de aplicativos”, concluiu.

Serviço agrega valor ao empreendimento

O analista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Allony Farias, ressalta que implantar o delivery nos negócios não é difícil. “Não é clichê dizer que a pandemia acelerou o processo de ampliação do serviço delivery. Hoje, o mercado percebeu o quanto este tipo de serviço agrega valor ao negócio e, dependendo deste negócio, pode ser o principal caminho para o sucesso”.

Pandemia acelerou o processo de ampliação do serviço de delivery
📷 Pandemia acelerou o processo de ampliação do serviço de delivery |Celso Rodrigues

Questionado sobre o que é preciso fazer para investir no serviço de delivery, Allony listou alguns pontos importantes para qualquer empreendedor que vai abrir um novo negócio ou se reinventar no mercado. “Primeiramente, precisa saber se haverá demanda, público, para aquele negócio”, atentou. “O segundo é saber qual a logística que vai dispor”.

Ao ter ciência do potencial do mercado e os recursos que terá, o empreendedor precisa definir qual será o canal de comunicação que vai abrir para atender os clientes. “Será por WhatsApp ou será por um aplicativo de entrega de alimentos como Ifood, 99 Food, Uber Eats?”, questionou Allony. Para quem está iniciando no ramo da alimentação, recorrer também aos aplicativos de entrega de alimentos pode ser uma chance de ajudar na divulgação dos produtos.

“O próximo ponto é saber quem serão os entregadores. O negócio terá entregadores próprios ou vai recorrer aos entregadores por aplicativos?”, orientou o analista do Sebrae.

Allony chama a atenção para dois fatores importantes para consolidar a marca ou a empresa no delivery: apresentação e embalagem. “É importante que o empreendedor atente para a qualidade da entrega, se cumpre o tempo previsto, se a embalagem causa boa impressão e conserva bem os alimentos”, disse. “Ninguém merece comprar um hambúrguer e receber ele todo desmontado ou amassado”, exemplificou.

10 dicas para tersucesso no delivery

1- Saiba que o pequeno negócio deve estar adequado a todo o processo logístico

2- Ainda que o empreendedor não saiba como funciona o fluxo logístico, ele deve estar aberto para aprender.

3- É importante comprar a quantidade de produtos adequada para que haja a manutenção da oferta

4- Considere que o armazenamento dos produtos seja eficaz

5- Aposte na conferência de produtos para evitar erros

6- Os processos de embalagem e envio dos produtos devem ser feitos em prazo mínimo adequado, proposto ao cliente

7- Antes de definir quais serviços da empresa contarão com entrega de produtos, é fundamental que o empreendedor faça uma pesquisa detalhada

8- Se a entrega por delivery for feita no mesmo dia do pedido, as alternativas são: contratar operadores logísticos que prestem esse tipo de serviço ou montar uma equipe própria de motoboys profissionais

9- Ao analisar a logística própria e uma logística terceirizada, é preciso considerar os custos de manutenção de uma pessoa que trabalha com exclusividade na operação do negócio

10- É recomendável que o empreendedor não atue apenas com uma única solução de entrega, quando o destino é um cliente fora da cidade ou do estado. É essencial que o consumidor tenha possibilidades de escolha, podendo verificar qual delas faz mais sentido para ele. A utilização de comparadores de frete é um recurso que pode fazer toda a diferença nesse momento.

FONTE: Sebrae

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