Os alunos da rede municipal de ensino de Belém podem, enfim, preparar as mochilas. A prefeitura da capital paraense anunciou o retorno das aulas presenciais. O anúncio foi realizado após a confirmação de que todos os trabalhadores do setor foram imunizados com as duas doses da vacina contra covid-19.
A Secretaria Municipal de Educação (Semec) anunciou o retorno para a próxima segunda-feira (13). O retorno das aulas presenciais começa pela educação infantil, de forma gradual, escalonada, e conforme o protocolo de biossegurança estabelecido pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).
As aulas presenciais funcionarão com os alunos distribuídos em grupos de 25% das turmas e comparecimento presencial em dias alternados. As escolas devem entrar em contato com os pais para informar detalhes das escalas.
Dia 20 de setembro de 2021 será a vez do retorno presencial do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e da 1ª e 2ª totalidade da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai), com os alunos distribuídos em grupos de 33% das turmas e comparecimento presencial em dias alternados.
Dia 27 de setembro de 2021 o retorno presencial dos anos finais, ou seja, do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e da 3ª e 4ª totalidade da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI), com os alunos distribuídos em grupos de 33% das turmas e comparecimento presencial em dias alternados.
Cresce o número de abandono escolar
As dificuldades de concentração em casa, problemas familiares, ausência de apoio técnico, necessidade financeira e complicações com a conexão de internet, são fatores que fazem muitos alunos não conseguirem prosseguir no ano letivo. O abandono escolar é um problema que se tornou ainda mais grave durante este período, claro, principalmente para a população mais pobre, que não pode pagar por educação privada.
Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), em 2020, o número de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos fora da escola passou para 1,5 milhão.
A suspensão das aulas presenciais fez com que esse número aumentasse ainda mais. Somados a eles, 3,7 milhões de crianças e adolescentes da mesma faixa etária estavam matriculados, mas não tiveram acesso a nenhuma atividade escolar, seja impressa ou digital e não conseguiram se manter aprendendo em casa. No total, 5,1 milhões ficaram sem acesso à educação no ano passado.
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