A energia solar pode ser a solução para o Brasil enfrentar a crise energética que se agrava a cada ano com a estiagem e o baixo volume dos rios, o que prejudica a geração de energia nas usinas hidrelétricas. Além de produzir energia sustentável e limpa, o sistema fotovoltaico pode gerar economia financeira a médio e longo prazos. Essa é a aposta do senador Jader Barbalho (MDB-PA) que contribuiu para a implantação do sistema de geração de energia fotovoltaica da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), e por meio de um projeto de lei apresentado na semana passada ao Senado, pretende levar esse sistema para outras instituições federais de ensino superior do país.
O projeto estabelece que o governo federal deverá disponibilizar linhas de crédito para atender a demanda das universidades federais. Prevê também a participação do Congresso Nacional, por meio de indicação de emendas individuais ou das bancadas estaduais. A intenção do senador Jader é transformar em lei o programa de incentivo à energia solar já existente no Ministério da Educação, cujos estudos estimam a redução da conta de energia das universidades e institutos federais em R$ 25,5 milhões por ano.
“O custo-benefício da geração de energia solar tem levado governos estaduais, grandes empresas e o consumidor comum, de uma forma geral, a investir em ações e linhas de crédito para promover a energia solar, que ganha força com os problemas de abastecimento que estamos enfrentando e que tendem a se agravar”, informa o senador, que indicou recursos por meio de emenda individual para que o projeto da Ufopa fosse viabilizado.
No Brasil a energia solar pode ser utilizada em residências, comércios, empresas, indústrias, escolas, usinas, estádios, postes de iluminação e em prédios públicos. O governo federal tem concedido incentivos fiscais e novas linhas de financiamento para a aquisição de painéis solares e geradores.
Jader lembra que devido à sua extensão e proximidade com a linha do equador, o Brasil tem um grande potencial para gerar eletricidade a partir do sol. “É um dos países que mais recebe irradiação solar, o que faz com que tenha alto potencial de desempenho dos sistemas fotovoltaicos”, destaca.
“Estamos falando de energia limpa e renovável. O processo de produção de energia solar não emite gases em nenhuma de suas fases, o que faz com que essa fonte de energia seja uma das melhores alternativas para a diminuição da emissão de gases poluentes na atmosfera”, completa.
O parlamentar lembra ainda que o recurso que deixará de ser utilizado para o pagamento da conta de energia, pode ser revertido em ações que visem a permanência e o êxito dos estudantes. “Acredito que a economia gerada pode contribuir para a oferta de novos programas de ensino, além de fortalecer as áreas de pesquisa e extensão das universidades federais”.
UFOPA
Ao justificar a apresentação do projeto de lei, Jader Barbalho usa como exemplo a iniciativa da Universidade Federal do Oeste do Pará , que investiu R$ 6,6 milhões na implantação do seu sistema de geração de energia, composto por 3.709 painéis solares distribuídos em 11 usinas fotovoltaicas implantadas em diferentes edificações dos campi Alenquer, Itaituba, Juruti e Santarém.
A estimativa de economia com o empreendimento, inaugurado no dia 24 de setembro de 2021, na Unidade Tapajós em Santarém, deve ser da ordem de R$ 2 milhões ao ano.
Além dos recursos disponibilizados pelo Ministério da Educação, no total de R$ 3.632.789,90, para a concretização da instalação, também foram utilizados R$ 950 mil de investimento feito pela própria Universidade, além de R$ 2 milhões oriundos de emendas parlamentares, dos quais R$ 850 mil foram provenientes da emenda individual ao Orçamento Geral da União de 2020 feita pelo senador Jader Barbalho.
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