Um balanço divulgado ontem (15) pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA), apontou que a disparada do preço da gasolina, somente este ano, chega a ser quase cinco vezes mais que a inflação. E o valor médio do litro comercializado nos postos ultrapassou a faixa dos seis reais (R$ 6,04). Pelos cálculos do Dieese/PA, entre janeiro a setembro de 2021 o preço da gasolina subiu 34,15%, enquanto que a inflação neste período ficou em 7,21% (INPC/IBGE).

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Os dados ainda não consideram o aumento autorizado pela Petrobras, no último dia 9, nas refinarias e que já chegaram às bombas dos postos de combustíveis. Somente este ano, a estatal já promoveu dez reajustes de preço da gasolina. Um levantamento recente feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre 3 e 9 de outubro, constatou que há cidades no Pará com preços já bem perto da casa dos R$ 7. Em Conceição do Araguaia, o preço máximo do litro da gasolina chega a R$ 6,80.

Embora não seja novidade falar sobre a disparada do preço dos combustíveis no Brasil, calcular o quanto o preço da gasolina aumentou ainda impressiona quem tem veículo e precisa dele para se locomover ou trabalhar. O motorista de aplicativo Bruno Rafael Santos, 28, já começou a procurar outras atividades para completar a renda porque depender somente do transporte de passageiros se tornou oneroso para ele. “Quando comecei tinha uma meta para bater diariamente e nela estava incluso o gasto com gasolina. Hoje, a minha meta é tirar pelo menos o do combustível”, disse.

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Ele começou a trabalhar junto com a namorada na venda de cosméticos e roupas. “Usamos um valor que tínhamos guardado e investimos na compra das mercadorias. Estamos conseguindo ter um lucro, mas precisamos potencializar o negócio”, falou sobre buscar outra atividade para se sustentar.

Quem precisa utilizar um automóvel convive com o desafio de mantê-lo abastecido Foto: Wagner Almeida/Diário do Pará

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