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Produtos do café da manhã também tiveram aumento

Café, leite, açúcar, manteiga e pão estão entre os produtos em alta que pesam no bolso dos paraenses.

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Imagem ilustrativa da notícia Produtos do café da manhã também tiveram aumento camera Cristina precisa reduzir o próprio lucro para não perder clientes | Celso Rodrigues

O Dieese também divulgou balanço sobre o aumento do preço dos itens da cesta básica do paraense. O café, o leite, o açúcar, a manteiga e o pão estão entre os principais alimentos que vem sofrendo reajustes por pelo menos nove meses consecutivos.

De acordo com a pesquisa, no período de janeiro a outubro de 2021 o quilo do café que custava R$17,83 saltou para R$25,82, o que representa alta de 46,54%. Já o quilo do açúcar que era vendido a R$3,69 passou para R$4,76 nesse mesmo período, uma alta de 33,71%. O quilo da manteiga (14,67%) que custava R$43,19 foi para R$47,61. O quilo do leite passou de R$5,30 para R$5,71, o que significa 10,44% de alta. Por último, o quilo do pão que custava R$10,99 agora custa R$11,75, reajuste de 6,95%.

Esses aumentos afetam diretamente os trabalhadores que precisam comprar diariamente os alimentos. Renê da Silva, 60 anos, trabalha há 7 anos ao lado do Bosque Rodrigues Alves com venda de café da manhã e confirma o aumento no preço dos itens que vende aos consumidores. “O café que a gente comprava a R$ 3 reais, agora está a R$ 6. A gente comprava o pão a R$7 o quilo, agora a gente está comprando a R$10”, conta a autônoma.

A empreendedora Cristina Oliveira, 48, afirma que toda vez que vai às compras, os preços já sofreram modificações. “Quando eu comecei, o café mais em conta era mais ou menos R$4,50 agora a gente já tá comprando a R$6,79, depende muito de supermercado. A gente tá se contentando com baixo lucro só pra manter a clientela, senão fica um pouco complicado”, conta Cristina.

Raimunda Campos, 60, confirma que é possível notar um aumento constante nos itens a partir deste ano. De acordo com ela, a baixa demanda e a necessidade de complementar a renda a fazem recorrer a venda da refeição matinal para se sustentar. “Se a gente aumentar, não temos cliente para vender. A gente paga o acrescimento no supermercado, mas a gente não pode repassar senão espanta os clientes”, diz a dona do Trailer da Rai.

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