A Caixa Econômica Federal começou a pagar a primeira parcela do Auxílio Brasil. O calendário de pagamento do benefício foi antecipado e segue de acordo com o final do Número de Inscrição Social (NIS). Na última sexta-feira (10), os beneficiários com o número final 1 do cadastro social já puderam receber o valor de, no mínimo, R$400. Os beneficiários com o número final do cadastro de 2 ao 6 recebem o valor até o fim desta semana. Já aqueles com o final de 7 ao 0 recebem o benefício até dia 23 de dezembro.
Os vendedores das feiras e comércios de Belém ainda não sentiram a entrada do dinheiro nas vendas do setor varejista. Em época de fim de ano, um dos locais mais movimentados são as lojas de confecções masculinas e femininas. Porém, na feira da Pedreira, a comerciante Larissa Silva, 26, afirma que o benefício ainda não movimentou a venda das roupas, sobretudo para o Natal e Ano Novo. “Comparado ao ano passado tá um pouco fraco, não sei como vai ser daqui pra frente, ainda estão recebendo né”, disse.
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A situação é semelhante para a vendedora Elane Figueredo, proprietária de um espaço no Mercado Municipal da Pedreira. Ela conta que mesmo no fim de semana as vendas não foram boas e espera que o pagamento do auxílio aqueça a venda do setor de vestuário ainda nessa semana. “A gente ainda não sentiu diferença. Não sei se vai melhorar hoje ou essa semana. Final de semana a gente está percebendo que o pessoal está viajando, está mais para as praias, está diferente. A gente está achando o movimento muito fraco para um final de ano”, contou.
Para os beneficiários, o valor vem para suprir as necessidades básicas. Joel Cardoso, 36, e Lindalva Freitas, 29, estavam na fila para receber a parcela do auxílio. Desempregados, a principal fonte de renda vem dos “bicos”, mas que tem sido insuficiente para pagar todas as contas. “Vou gastar o dinheiro com as compras, que não tem nada, zero. O dinheiro daqui é supermercado para as compras de casa”, contou Joel. “A luz já desligaram. Ainda agora que eu saí desligaram a luz. Isso aqui vai dar para pagar só a luz e vai sobrar pra comida, eu acho, pra comprar carne, mas depende da carne que tá caro. Só o básico”, disse Lindalva.
Na feira do Guamá, os trabalhadores ainda desconhecem como as pessoas devem usar o recurso do Auxílio Brasil. Mesmo assim, a feirante Miriam Corrêa, 47, está otimista que o pagamento do auxílio movimente a venda de frutas, mas afirma que os consumidores vão precisar ter jogo de cintura na hora de comprar a mercadoria, que está com o preço em alta. “Eu acredito que o movimento vai melhorar porque o povo se guarda pro Natal. Mas, por sua vez, a mercadoria tá muito cara. Então quem comprava um quilo, vai levar só meio. As frutas estão muito caras, a pêra tava custando R$2, hoje eu já vendo por R$3,50 a unidade”, conta a feirante.
Benefício
Na última sexta-feira (10), os beneficiários com o número final 1 do cadastro social já puderam receber o valor de, no mínimo, R$400.
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