As mulheres estão cada vez mais inseridas no mercado de trabalho formal. No Estado do Pará, entre janeiro e dezembro de 2021, mais de 25 mil mulheres foram admitidas com carteira assinada nos mais diversos setores econômicos. Isso é o que mostra o estudo divulgado, ontem (3), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), com base nas informações oficiais do Ministério do Trabalho e Previdência.
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De acordo com o balanço da flutuação entre admitidas e desligadas, a pesquisa do Dieese/PA aponta que todos os setores econômicos apresentaram crescimento na geração de empregos para as mulheres, com destaque para o Comércio, com mais de 10 mil novas vagas; seguido pelo setor de serviços, com 9.756 postos de trabalho; além da indústria em geral (2.568), o setor de construção (1.568) e agropecuária com mais de 1 mil oportunidades. Em comparação com o mesmo período de 2020, em que foram gerados 6.920 postos de trabalhos formais, o número de admissões foi superior para o gênero, com uma diferença de 18.762 novas vagas, em 2021.
Em relação a região Norte, o estudo revela que, durante os 12 meses do ano passado, foram gerados 62.717 postos de trabalho com carteira assinada para o público feminino, em que quase 41% de novas vagas foram geradas pelo Pará (25.682), seguido pelo estado do Amazonas (14.511), Rondônia (7.611), Tocantins (6.635), Acre (3.474), Roraima (2.871) e estado do Amapá (1.933).
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O comércio despontou como o setor que mais empregou as mulheres durante o ano de 2021. No Centro Comercial de Belém, o gênero feminino tem expandido e dominado o espaço com oportunidades de emprego em diversas áreas de atuação.
MOTIVAÇÃO
O crescimento do grau de escolaridade aliado a constante capacitação são os principais motivos para a entrada ainda recente no mercado de trabalho formal. Além disso, muitas delas se dividem entre o emprego e os afazeres domésticos, o que torna a segurança da renda mensal ainda mais importante para dar suporte na criação dos filhos.
Em uma loja de produtos de estética, localizada na rua Senador Manoel Barata, todas as colaboradoras eram mulheres recém-inseridas no mercado de trabalho. Uma delas era Johany Costa, de 34 anos, esteticista. A profissional passou dois anos desempregada, dependendo somente da renda do marido para cuidar dos quatro filhos, mas em novembro conseguiu o emprego formal. “Aqui é um primeiro passo. Eu até ia começar a fazer o curso de alongamento de unhas à noite, que agora é o meu foco”, conta.
Em outubro de 2021, Penha Casseb, de 38 anos, foi contratada como fiscal de caixa em uma loja de eletrodomésticos, localizada na rua Santo Antônio. Formada em matemática, a profissional ficou dois anos desempregada por conta da pandemia. Agora, há quatro meses empregada, ela pretende se capacitar na área de atuação. “Aqui eu auxilio as meninas no caixa, faço todo o fechamento e faço o serviço administrativo referente ao setor financeiro da loja”, explica.
Raylane Saraiva, de 28 anos, também foi uma das mulheres admitidas recentemente. Em novembro do ano anterior, no início das contratações temporárias de fim de ano, ela passou a fazer parte do quadro de colaboradores como atendente de uma franquia de loja de joias, localizada na rua Treze de Maio. “As mulheres, com certeza, estão sim tomando lugar no mercado de trabalho, inclusive essa nossa franquia só tem dois homens e o resto são todas mulheres”, afirma.
ESTUDO
O setor de agropecuária também despontou na pesquisa com mais de 1 mil novos postos de trabalho. Depois de dois anos desempregada, a assistente social Melissa Silva, de 42 anos, foi contratada na Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), há três meses, como gerente de Recursos Humanos. “Eu todo tempo faço cursos novos pela internet. Nesse período de pandemia, fiz vários cursos. O mercado de trabalho está sim, mais aberto para o gênero, mas você precisa estar atualizada”, observa.
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