Banco da Amazônia quer demitir em massa 145 funcionários

Você sabe o que é demissão em massa? Também conhecida como dispensa coletiva, refere-se ao desligamento de um grupo de colaboradores por uma causa em comum e sem que ocorra a substituição por outros trabalhadores.

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A direção do Banco da Amazônia tomou a decisão de demitir em massa o Quadro de Apoio (QA), com o desligamento de 145 trabalhadores e trabalhadoras.

A situação chegou ao conhecimento do Sindicato dos Bancários do Pará, que agiu para impedir a demissão em massa. Na última sexta-feira (11), aconteceu a primeira audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT).

“Essa sessão é fruto da denúncia que o Sindicato fez junto ao MPT, pois o banco apresentou sua manifestação com uma série de inverdades sobre a situação do Quadro de Apoio, que são muito graves e não fazem jus à realidade desse segmento dentro do banco. A procuradora Cindi Ellou Lopes de Deus e Silva ouviu as entidades representativas com atenção e fez diversas perguntas aos representantes do Basa, o que nos deu mais um fôlego para seguirmos firmes nessa luta que travamos”, destaca a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira.

O Ministério Público deu um prazo de 15 dias úteis para que o Banco da Amazônia apresente um parecer jurídico que fundamente as demissões, além de diversos outros documentos e informações.

“Não há motivos que justifiquem tais desligamentos e por esse motivo vamos continuar lutando em todas as esferas jurídicas e também políticas para que nem eu e nenhum colega meu do Quadro de Apoio perca seu emprego. São anos de trabalho, de dedicação, que não podem ser ignorados. Merecemos e exigimos respeito!”, afirma o dirigente do Sindicato, membro do Quadro de Apoio, e coordenador da Comissão de Empregados do banco, Sérgio Trindade.

Além de Tatiana Oliveira e Sérgio Trindade, o Sindicato foi representado pelo diretor jurídico do Sindicato, Cristiano Moreno, o diretor de esportes e membro do QA, Luiz Otávio; e pelas advogadas do Escritório Mary Cohen Advocacia Trabalhista e Sindical, Camila Aranha e Célia Menezes, além do assessor jurídico Fernando Galiza. A Associaçção dos Empregados do Bando da Amazônia (AEBA) foi representada pelo seu presidente, Gilson Lima. O Banco da Amazônia participou da audiência através de preposta e advogados.

A assessoria jurídica do Sindicato, com auxílio da direção sindical e da AEBA, construiu também um documento questionando algumas informações fornecidas pelo banco ao Ministério Público do Trabalho, que foi protocolado na quinta-feira (10) e ainda será analisado no curso do procedimento.

“Convocamos mais uma vez todos os empregados e empregadas do Quadro de Apoio para uma nova reunião na próxima terça-feira (15), às 18h, na nossa sede, para atualizarmos os andamentos das nossas ações e ainda buscarmos reunir mais documentos e informações para os próximos passos deste procedimento junto ao MPT”, explica Cristiano Moreno.