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SAÚDE

Malária: especialista fala dos riscos de automedicação

O diagnóstico precoce é importante para o correto tratamento da doença.

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Imagem ilustrativa da notícia Malária: especialista fala dos
riscos de automedicação camera Vanessa Santos é médica infectologista do Hospital Beneficente Portuguesa. | Acervo Pessoal

Um surto de malária atingiu a capital paraense nas últimas semanas. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), já foram detectados 19 casos neste ano de 2022. Só em março, já foram sete registros.

A médica infectologista do Hospital Beneficente Portuguesa, Dra. Vanessa Santos, conversou com o DOL e falou mais sobre a doença.

“A transmissão da doença ocorre por meio da picada de insetos, que são muito comuns na nossa região. Por isso é preciso ficar atento, usar repelentes, telas, mosquiteiros, roupas que protejam braços e pernas para se proteger do mosquito. Além disso, é importante identificarmos em casa se existe algum foco que possibilite a reprodução do mosquito, evitando coleções de água”, disse a médica.

O que é a malária?

A malária é uma doença infectocontagiosa, causada pelo parasita chamado plasmódio, e transmitida pela fêmea do mosquito Anopheles, popularmente conhecido como mosquito-prego ou carapanã. São quatro os tipos da doença que afetam o ser humano: Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale.

O diagnóstico precoce é fundamental para que a doença seja diagnosticada com rapidez. O exame é simples e o resultado costuma ser bem rápido.

“Quanto antes o diagnóstico, antes começaremos o tratamento correto, baseado na espécie do parasita. No nosso país, temos três espécies de Plasmodium, os tratamentos são diferentes. Portanto é necessário o diagnóstico adequado para iniciar os medicamentos, informa Vanessa.

O diagnóstico da malária também ajuda no controle da doença. Para que o mosquito a transmita, ele precisa se infectar em uma pessoa doente. Por isso, ao sentir sintomas sugestivos de Malária é importante procurar imediatamente uma unidade de saúde para fazer o exame específico. Os sintomas são:

- Febre alta;

- Calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e sudorese abundante;

- Dor de cabeça e no corpo;

- Falta de apetite;

- Pele amarelada;

- Cansaço.

Dependendo do tipo de malária, esses sintomas podem se repetir a cada dois ou três dias. Quem apresentar esses sintomas, deve procurar imediatamente um serviço de urgência. Quanto antes o diagnóstico, maior a chance de tratamento e cura.

Cada espécies de Plasmodium possui um tratamento diferente, só com o exame é possível saber qual o medicamento mais adequado para quem está com malária. Portanto se auto medicar pode trazer graves consequências.

“Tomar qualquer medicação que não seja indicada por um médico é uma prática totalmente desaconselhável. No caso específico das doenças infectocontagiosas, a automedicação pode causar riscos seríssimos a nossa saúde, muitas vezes até risco de vida. O tratamento de determinadas doenças como a malária exige uma série de cuidados e considerações que precisam ser levadas em consideração por um médico.

Se houver algum equívoco nesse tratamento, o indivíduo pode apresentar mudanças no quadro clínico que dificultam futuros diagnósticos e tratamento, ou, pior ainda, desenvolver quadros mais graves que o que desenvolveria originalmente.

Resumindo, automedicação pode matar”, orienta a Dra Vanessa Santos.

É essencial seguir o tratamento conforme orientação médica.

SERVIÇO:

Complexo Hospitalar da Beneficente Portuguesa

Central de Agendamentos: (91) 3215-4444

Urgência e Emergência

Contatos: (91) 3215-4325 / (91) 3215-4414

Unidade Hospital São João de Deus

Rua Boaventura da Silva, 895

Unidade Hospital D. Luiz I

Av. Generalíssimo Deodoro, 868

Redes Sociais: @beneficenteportuguesaoficial

Site: beneficenteportuguesa.com.br

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