De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (Segup), o Pará registrou um aumento de 40% nos casos de feminicídio em 2020. Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram registrados 66 casos no Estado. Em comparação ao mesmo período, em 2019, foram registrados 47 casos.
Com frequência, mulheres são vítimas de violência brutais. Nesta quinta-feira (21), uma adolescente foi baleada no rosto dentro de um motel, no município de Vigia, na região Nordeste do Pará. O principal suspeito de cometer o crime é um militar da Marinha.
O crime teria ocorrido após a adolescente ter se recusado a manter relações sexuais com o marinheiro. O crime foi presenciado por outra adolescente de 14 anos e por outro militar que também estava no local.
O militar que efetuou o disparo foi preso em flagrante. A adolescente foi encaminhada para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua.
A Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado pela Delegacia do município de Vigia. Diligências estão sendo feitas para apurar as circunstâncias do fato e ouvir os envolvidos. O responsável pelo disparo foi autuado em flagrante e segue preso, em Unidade Militar, à disposição da Justiça.
Através de nota, a Marinha do Brasil (MB) informou que tomou conhecimento de um disparo de arma de fogo particular envolvendo dois militares, ontem (21), em Vigia (PA). O militar, que realizou o disparo, foi preso em flagrante pela polícia e responderá pelos seus atos perante a Justiça.
A MB lamentou o ocorrido e reiterou seu firme repúdio a condutas e atos ilegais que atentem contra a vida e a honra, além dos princípios militares. “A Marinha reforça, ainda, que não tolera tal comportamento e que irá colaborar com os órgãos responsáveis pela investigação”, diz a nota.
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