O rastro de sangue espalhado pela escola não deixava dúvidas da selvageria e violência que prevaleceram em uma pequena sala de aula de uma unidade de ensino particular em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém (RMB), envolvendo funcionários e o pai de uma aluna durante uma reunião pedagógica nesta sexta-feira (1º).
Apontado como iniciador da agressão e como o responsável por ter agredido com socos o rosto de uma educadora, Alexandre, pai de uma aluna do Colégio Rosa de Saron, deu sua versão dos fatos: além de negar ter incitado a violência, ele garante que câmeras internas reforçam sua inocência.
Em entrevista à repórter Cácia Medeiros, da RBA TV, o professor de educação física lembra que chegava à escola para comparecer a uma reunião pedagógica sobre sua filha. Alexandre foi atendido por uma professora e aproveitou para reforçar as observações que, segundo ele, fazia com certa frequência a respeito do ambiente escolar.
Na ocasião, o diretor da escola entrou na sala, quando os ânimos ficaram exaltados. “Falei [para o diretor] que tava acontecendo situações, coisas que eu percebia, que certos professores faziam coisas no banheiro das crianças e que era para eles tomarem providência daquilo. Só que a coordenação pedagógica entrou no meio, falando que eu chegava irritado na escola, com raiva… Eu trabalho de manhã e à tarde, fico estressado algumas vezes, mas eu não destratei ninguém”, reforça o pai da aluna.
"Cadeirada" e braço quebrado
Alexandre afirma, então, que um desentendimento aconteceu com uma das profissionais que estava em sala, alguém com quem já teria discutido em reuniões prévias. Em meio a discussões mais calorosas entre os dois, uma terceira pessoa, um homem apontado como o marido dessa profissional, teria arremessado uma cadeira no rosto do pai da aluna.
LEIA TAMBÉM: Reconstituição da morte de Yasmin Macedo tem data marcada
“O marido [apontado pela escola como um auxiliar de portaria] dela empurrou a porta, pegou a cadeira e jogou no meu rosto. Tive que levar dois pontos na boca. Fiquei todo ‘agatanhado’ porque ela me agrediu junto com ele, me deu uma cadeirada no ombro que deslocou. Ela tá alegando que eu dei um soco nela, sendo que o marido dela deu uma cadeirada por cima, deve ter pegado no nariz dela”, defende.
Questionado sobre a autoria da agressão na funcionária, Alexandre negou e garantiu estar apoiado com provas que irão decretar sua inocência. “Eu não agredi ninguém. Como eu disse, eu quero esse vídeo… porque a sala onde estávamos tem um vídeo, tem câmeras lá e eu exijo esse vídeo!”, afirma.
O caso foi registrado na Seccional da Cidade Nova e os envolvidos serão submetidos a um exame de corpo de delito.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar