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PROPINA

Pastor investigado pela PF esteve com Joaquim Passarinho

Arilton Moura é acusado de cobrar propina para liberar recursos do MEC e visitou Joaquim Passarinho em Brasília no mesmo período

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Imagem ilustrativa da notícia Pastor investigado pela PF esteve com Joaquim Passarinho camera O deputado federal Joaquim Passarinho é alvo de investigação do Ministério Público do Estado | Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

O serviço de segurança da Câmara dos Deputados identificou pelo menos 90 visitas do pastor Arilton Moura às dependências da Casa Legislativa nos últimos quatro anos. Entre os locais preferidos, estão os gabinetes de pelo menos 10 parlamentares de diferentes legendas, entre eles o paraense Joaquim Passarinho (PL). As informações foram levantadas pelo jornal O Globo.

Quem já esteve na Câmara ou no Senado sabe que é necessário passar por um rigoroso processo de identificação, que inclui o fornecimento do número da identidade e do local onde pretende visitar. Somente após essas informações é fornecido um adesivo que permite que a pessoa circule pelas dependências do Congresso Nacional, seja ela pastor, bispo, padre ou qualquer outro cidadão comum.

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Apesar de católico, o deputado Joaquim Passarinho tem exibido grandes afinidades com a bancada evangélica da Câmara dos Deputados. Além de receber a visita de Arilton Moura, um pastor e forte liderança evangélica em seu gabinete, em Brasília, Passarinho participou como protagonista de um episódio que está sendo investigado pela Procuradoria da República no Pará.

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O Ministério Público paraense abriu inquérito para investigar um episódio ocorrido no município de Salinópolis, que ficou conhecido como a “farra das bíblias”, um evento onde foram distribuídas bíblias com fotos do ex-ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro, Milton Ribeiro, e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos. Os três estão envolvidos em inquérito aberto pela Polícia Federal para apurar suspeita de corrupção no MEC.

O pastor Arilton Moura (dir). e o então Ministério da Educação Milton Ribeiro
📷 O pastor Arilton Moura (dir). e o então Ministério da Educação Milton Ribeiro |Luiz Fortes/ MEC

Joaquim Passarinho foi apontado como um dos apoiadores do evento “Melhorias na Educação: Atendimento aos Prefeitos do Estado do Pará”.

O MP do Pará apura, além do evento realizado em Salinas, que contou com a participação de todos os envolvidos e dos deputados federais Joaquim Passarinho e Eder Mauro, ambos do PL, o fato de as bíblias terem sido distribuídas de forma gratuita colocadas nas cadeiras nas quais os convidados ao evento se sentaram.

Foram confeccionadas mil bíblias, a R$ 70 cada exemplar. As tiragens foram feitas pela Igreja Ministério Cristo para Todos, comandada pelo pastor Gilmar Santos. No livro estão fotos do prefeito Carlos Alberto de Sena Filho (PL), de Salinópolis; do ex-ministro Milton Ribeiro, que é pastor presbiteriano; e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são apontados como intermediadores da liberação de verbas do Ministério da Educação, supostamente mediante o pagamento de propinas. Para o MP do Pará, se confirmada a informação, pode se enquadrar em crime de improbidade administrativa.

A reunião em Salinópolis também foi marcada por pedidos de propina em barra de ouro e dinheiro em troca de acesso ao ministro e liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em um esquema já conhecido como “Bolsolão do MEC”. As cobranças de vantagens indevidas, segundo apurou o jornal Estadão, eram operadas pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, esse último um costumeiro visitante do gabinete de Passarinho em Brasília.

CPI

Senadores buscam apoio para a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado para investigar a existência de um “balcão de negócios” no Ministério da Educação. Segundo a Folha de São Pau lo, o governo federal tem feito uma ação intensa para barrar a apuração –que teria na mira lideranças partidárias, pastores e liberação de emendas. Três parlamentares decidiram retirar o apoio para criação da comissão, o que torna praticamente inviável a sua instalação. Mudaram suas posições Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Weverton (PDT-MA).

Na última sexta-feira (8), o autor do requerimento, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), anunciou que havia reunido as 27 assinaturas necessárias para instalar a comissão. No entanto, no mesmo dia, senadores relatavam uma grande operação do governo para tentar reverter assinaturas. A avaliação dos governistas é que uma CPI em ano eleitoral poderia ter fortes consequências para os projetos de reeleição de Jair Bolsonaro (PL). O Escândalo foi responsável pelo pedido de exoneração do então ministro da Educação.

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